terça-feira, 29 de novembro de 2011

Começa hoje a Festa da Padroeira da Barra

Parque Nacional Marinho dos Abrolhos promove Curso de Formação de Condutores de Ecoturismo Subaquático em Caravelas, Bahia

No período de 22 a 24/11 o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos realizou no seu Centro de Visitantes, localizado no município de Caravelas, Bahia, mais um Curso para Formação de Condutores de Ecoturismo Subaquático, denominação adotada no Plano de Uso Público do Parque para os condutores de visitantes em atividades de mergulho autônomo. Este curso é anual, neste ano teve carga horária total de 24 horas e contou com a presença de 15 profissionais. O curso também é requisito obrigatório para a certificação e renovação do certificado dos condutores junto ao Parna em função da necessidade de proteção do ambiente recifal e do grau de risco inerente à atividade de mergulho. Gratuito, o curso pôde ser feito por maiores de 18 anos que já tivessem realizado um curso de mergulho avançado.



Segundo o coordenador do curso e analista ambiental do Parna Marinho dos Abrolhos, Marco Antônio Gama de Albuquerque, a importância do Curso de Condutores de Ecoturismo Subaquático se dá principalmente em função de o ambiente recifal ser extremamente frágil e porque o Parque precisa garantir mecanismos de controle de impactos, mas Marco Antônio lembrou também que o curso tem também um aspecto social bastante importante, que é a geração de emprego e renda para aqueles que têm interesse em atuar com o turismo na região do Parna.

“Através do curso, mergulhadores avançados e instrutores de mergulho adquirem conhecimentos sobre processos ecológicos, aspectos físicos, biológicos e geológicos do Parna, formas de relacionamento com o visitante, legislação ambiental, práticas interpretativas e de educação ambiental”, informa Marco Antônio.

Desde que acompanhado pelos Condutores de Ecoturismo Subaquático, a realização de mergulho autônomo está previsto no Plano de Manejo do Parna Marinho dos Abrolhos, que está localizado numa região considerada como a de maior biodiversidade do oceano Atlântico Sul e que também abriga o maior complexo recifal do Brasil. Diante disso, turistas do mundo inteiro procuram o Parna interessados nos mergulhos para conhecer estes recifes de coral, espécies endêmicas, cavernas submarinas e naufrágios em mergulhos orientados.

Impactos da atividade

O mergulho como atividade turística pode causar tanto impactos positivos, levando os visitantes a conhecer e valorizar o Parque, contribuindo para toda a cadeia de serviços turísticos na região, no entanto esta atividade também pode causar impactos negativos diretos que decorrem da interação do mergulhador com a biota marinha, principalmente causados pelo pisoteio, manipulação, batidas com as nadadeiras e outras partes do equipamento ou ainda impactos indiretos, como impactos oriundos do tráfego e fundeio de embarcações, uso de motores, poluição por resíduos oleosos, entre outros que levam a um mal-funcionamento dos processos ecológicos e ruptura de vínculos fundamentais para os ciclos de vida. Vejam mais algumas imagens:







Texto publicado também aquiaqui e aqui.

FONTE: Imagens Arquivo PNM dos Abrolhos.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Revista Host & Travel recomenda Abrolhos como destino nas férias

Em sua última edição, que acabou de chegar nas bancas de todo o Brasil, a revista de turismo Host & Travel deu um destaque especial para Abrolhos numa reportagem de cinco páginas publicada na sessão ‘Destino Brasil’.

O texto da jornalista Sylvia Barreto, que esteve em Caravelas para visitar o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos junto com um grupo de outros jornalistas de diversos veículos de comunicação do Brasil e de Portugal no Press Trip organizado pela Bahiatursa em setembro, traz também as belíssimas imagens do fotógrafo João Ramos.

Circulando há oito anos e com uma tiragem de 35.000 exemplares, a publicação é vendida em bancas de revista do país inteiro, tendo como público-alvo aqueles que querem conhecer mais sobre turismo sustentável, gastronomia, eventos culturais do Brasil e do exterior.

O texto ressalta também a cidade de Caravelas e seus pontos turísticos, com dicas de hospedagem, gastronomia e outras dicas.

Para acessar a publicação, clique na imagem.


Texto publicado também aquiaqui.

Passarelas beneficiam moradores da Resex do Cassurubá


CaravelasNews, Caravelas News

Os moradores de Caravelas (BA) foram beneficiados com a construção de passarelas na Trilha Sapucaia na Tapera, localizada na Reserva Extrativista do Cassurubá. A melhoria foi resultado de uma parceria que envolveu a Fibria, a Gerência Regional do Ibama de Eunápolis, a Base Avançada do Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Nordeste (Cepene) e os moradores da reserva. As passarelas vão beneficiar as atividades de educação ambiental realizadas pelo Cepene, além de contribuir para o trabalho dos marisqueiros da localidade.

Por estar inserida no ecossistema de restinga e manguezais, a estrutura auxiliará 10 famílias marisqueiras que obtêm renda através da coleta de caranguejos, guaiamuns, sururus, ostras e outros mariscos. As passarelas também foram construídas para compor a trilha interpretativa da reserva, onde são desenvolvidos trabalhos de educação ambiental junto a moradores e estudantes.

De acordo com o analista de meio ambiente florestal da Fibria, Roberto Mediato, o próximo passo é a instalação das placas de identificação das principais espécies de flora. “A parceria com o Cepene no desenvolvimento do Projeto Manguezal vem trazendo grandes benefícios para a comunidade e o meio ambiente local. A instalação das placas de identificação das espécies florestais será uma importante ferramenta de formação, que incentivará a consciência ambiental dos visitantes”, explica Mediato.

Projeto Manguezal

É desenvolvido desde 2002 numa parceria entre a Fibria, o Ibama e o Cepene. O objetivo é orientar os pescadores sobre a utilização dos recursos pesqueiros e manejo ambientalmente adequado do manguezal, além de incentivar o plantio de árvores frutíferas em áreas ociosas.

O programa desenvolve pesquisas de manejo e monitoramento para a preservação do ecossistema de Caravelas, sendo levantados e analisados dados socioeconômicos, biológicos, pesqueiros, de cultivo e de recuperação do ecossistema local. Educação ambiental e associativismo entre as populações ribeirinhas são outras práticas incentivadas que agregam valor econômico aos produtos explorados na região. Em 2010, por meio de 12 trabalhos elaborados e realizados com diferentes enfoques, aproximadamente, 8 mil pessoas foram beneficiadas pelo Projeto Manguezal.

FONTE: ASCOM FIBRIA

domingo, 27 de novembro de 2011

A Igreja Nossa Senhora Imaculada Conceição da Barra já está quase pronta!

 
Segundo texto do Jornal O Samburá, estão faltando apenas os mínimos detalhes para as portas da Igreja de Nossa Senhora Imaculada Conceição, da comunidade de Barra de Caravelas, estarem abertas!
 
No dia 29 de novembro começa a Novena preparatória para a Festa da Padroeira, que é comemorada no dia 08 de dezembro. Hoje, domingo, dia 27 de novembro, vários movimentos da Igreja Católica estiveram no Templo para cuidar da limpeza, do lado de fora os jovens cuidavam dos retoques finais da fachada da Igreja, vejam algumas imagens.









FONTE: Blog do Jornal O Samburá, aqui.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Óleo de vazamento está na rota migratória de baleias jubarte com filhotes

 
Mamíferos podem ter problemas nos olhos, pele e respiração se passarem em mancha

O vazamento de óleo no Campo do Frade, na bacia de Campos, norte do Estado do Rio, vai afetar a migração das baleias jubarte, que passam metade do ano no Brasil, para se reproduzirem, e os outros seis meses na região das ilhas Malvinas, no Atlântico sul. O mês de novembro é exatamente a época em que esses mamíferos gigantes passam pela bacia de Campos, de acordo com o Instituto Baleia Jubarte, ONG que protege a espécie.

De acordo com a presidente da instituição, Márcia Engel, nessa época do ano, as baleias passam na região atingida pelo vazamento de óleo, acompanhadas de filhotes, para irem em direção ao Atlântico sul, onde passam metade do ano se alimentando de krill – uma espécie de camarão que é a principal alimentação da jubarte. - Estamos em fase de fêmeas com filhotes recém-nascidos, todas iniciando a imigração para as águas frias. Os cetáceos, por ter grande mobilidade, podem desviar. Elas também podem se afastar das manchas de óleo percebendo o cheiro, a textura ou a coloração da água. Mas, também podem se envolver nelas.

Ao passarem pelas manchas de óleo, segundo Márcia, as jubartes sofrem as consequências da contaminação. - Elas podem ter irritação nas mucosas, problemas nos olhos e na pele. Mas elas podem desenvolver, principalmente, problemas respiratórios. As baleias respiram na superfície e o petróleo evapora. Se elas rspirarem esse gás, podem ter problemas respiratórios. Para os filhotes, é ainda mais perigoso porque eles são mais vulneráveis.

As jubartes chegam ao Brasil por volta dos meses de junho e julho e ficam até novembro, meados de dezembro. A espécie se reproduz ao longo da costa Nordeste e na região do arquipélago de Abrolhos, ao sul da Bahia, seu maior berço reprodutivo. Esses cetáceos podem pesar entre 35 e 40 toneladas e medir até 16 metros. A jubarte tem nadadeiras que chegam a medir um terço do seu tamanho e é conhecida pelo salto potente, que pode projetar boa parte de seu corpo para fora da água.

O Instituto Baleia Jubarte está acompanhando as proporções do vazamento na bacia de Campos. Pela costa brasileira passaram neste ano cerca de 10 mil jubartes, segundo um censo da ONG, que será lançado oficialmente em 2012. De acordo com Márcia, o óleo vazado é um exemplo do perigo atual que essas baleias e outras espécies marinhas ainda correm.

- A população das baleias tem aumentado, em um processo bonito de recuperação, só que os desafios são muitos. Antes, era a caça e, agora, são fatores humanos como, por exemplo, esse vazamento de óleo, as redes de pesca, os grandes navios, a contaminação e os ruídos nos oceanos. A população está se recuperando e se deparando com um oceano diferente do passado, superocupado pelo homem.

Para Márcia, o vazamento de óleo não preocupa somente pela migração das jubartes, porque ao menos 20 espécies marinhas – entre elas, outros tipos de baleias, golfinhos e tartarugas – também podem ser afetadas.

FONTE: Do site CaravelasNews, disponível também no R7.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Convite para a IV Conferência Estadual de Cultura


FONTE: Enviado por Raquel Galvão, Coordenação de Macroterritório - Secretaria de Cultura do Estado da Bahia - Superintendência de Cultura.

Entidades lançam campanha “Carvão ilegal é crime” no extremo sul baiano

A Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf) com o apoio do Governo do Estado da Bahia e do Ministério Público da Bahia lançaram neste mês de novembro uma campanha contra o roubo e a queima de madeira nativa e eucalipto para a produção ilegal de carvão vegetal, crime organizado que vem se expandindo de forma acelerada no extremo sul da Bahia.

A ação “Carvão ilegal é crime” tem por finalidade conscientizar a população da região para os danos irreparáveis ambientais, sociais e econômicos que essa ação ilegal traz para os municípios envolvidos e para o Brasil. Segundo os organizadores da Camanha,  além da questão ambiental , os atos criminosos trazem diversos outros problemas para a sociedade, como o crime organizado, o trabalho infantil, a evasão escolar, o tráfico de drogas e a sonegação de impostos, o que demonstra a dimensão da mazela de roubo e queima de madeira nativa e eucalipto para a produção ilegal de carvão.


Caravelasnews, Caravelas News

Atualmente sabe-se que a madeira nativa, originária da Mata Atlântica e o eucalipto roubados das áreas das empresas de base florestal abastecem cerca de quatro mil fornos ilegais. O carvão produzido é destinado às siderúrgicas de Minas Gerais e do Espírito Santo.

A organização do carvão ilegal é complexa e envolve aproximadamente três mil pessoas nos locais atingidos. “Com uma base constituída por pessoas de famílias pobres, os integrantes são aliciados a entrar para o crime pela renda que varia entre R$ 800,00 e R$ 1.000,00. Porém, os líderes do crime organizado faturam alto com o aliciamento e a exploração do trabalho em condições praticamente escravas e também com a utilização de mão de obra infantil. O esquema chega a movimentar, por dia, cerca de 15 caminhões com madeira de eucalipto ou carvão vegetal, ” completa o diretor executivo da Abaf, Wilson Andrade.

Para ler a matéria completa, clique aqui.


Governo Federal aprova projetos baianos para mulheres rurais



O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) divulgou esta semana o resultado da seleção de propostas cujo foco é o fortalecimento da cidadania e da organização produtiva de mulheres rurais, o que mostrou que a Bahia está entre os dez estados brasileiros que mais se destacam na elaboração de projetos voltados às mulheres camponesas.

Com isso, são esperados R$ 3,1 milhões, a serem aplicados em iniciativas de acesso à documentação civil e jurídica, implementação de mecanismos de formalização, gestão e comercialização de produtos da agricultura familiar. Os trabalhos serão coordenados pela Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres (SPM), contemplando também indígenas, quilombolas, entre outros segmentos de mulheres.

Além da Bahia, tiveram propostas aprovadas os estados do Acre, Alagoas, Amapá, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul e Sergipe.


FONTE: Texto disponível aqui.

domingo, 20 de novembro de 2011

Projeto Baleia Jubarte realiza censo aéreo pioneiro no Brasil

A bordo de um avião bimotor, pesquisadores do Projeto Baleia Jubarte percorreram o litoral do Brasil, de Sergipe ao Rio de Janeiro, para a produção de um censo aéreo de baleias da espécie jubarte, frequentadoras assíduas do litoral brasileiro entre os meses de julho a novembro. A iniciativa representa um dos maiores levantamentos aéreos de cetáceos realizados no mundo e o segundo (o primeiro foi em 2005) abrangendo uma área tão extensa, realizado pelo Projeto Baleia Jubarte.

Caravelasnews, Caravelas News, Jubarte

“Com o aumento da área mapeada, percorrendo praticamente toda a área de ocorrência sistemática da espécie no Brasil, teremos um grande mapa da espécie, ferramenta única para o estabelecimento de ações de conservação”, afirma a presidente do Instituto Baleia Jubarte, Márcia Engel.

Um dos objetivos do levantamento é avaliar se a população de baleias jubarte brasileiras – são sete populações só no Hemisfério Sul – se recuperou após o período de caça comercial, que reduziu a população de mais de 300 mil jubartes a menos de 5% deste total. Segundo Márcia, com o censo aéreo também será possível avaliar de que forma e em que ritmo estas baleias estão repovoando as águas brasileiras, qual o número de animais, quais são os locais de concentração de fêmeas com filhotes, e onde os esforços de conservação precisam ser intensificados.

“Será possível também avaliar a interação da população destas baleias com possíveis ameaças de origem antrópica, como as frotas pesqueiras, rotas de embarcações comerciais e plataformas de petróleo”, completa. A previsão é que os resultados sejam conhecidos no início de 2012.

Levantamentos anteriores realizados pelo Projeto Baleia Jubarte, em uma área menor, que compreende os estados da Bahia e do Espírito Santo, como condicionantes ambientais exigidas pelo Ibama para subsidiar rotas de navegação de empresas de celulose no banco dos Abrolhos, já identificaram a concentração de fêmeas com filhotes nesta região, que recebe mais de 80% dos indivíduos da espécie jubarte que chegam ao Brasil anualmente para reprodução.

O trabalho é desenvolvido pelo Projeto Baleia Jubarte, iniciativa do Instituto Baleia Jubarte, patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Ambiental, em cooperação técnica com o Centro de Mamíferos Aquáticos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio. A iniciativa conjunta amplia o conhecimento e apóia uma gestão mais adequada da zona costeira e marinha do País.

FONTE: Do Site CaravelasNews, disponível no Jornal Midia.

sábado, 19 de novembro de 2011

Entrevista sobre exploração de petróleo e gás em Abrolhos

Clique na imagem para assistir a uma entrevista de Marcello Lourenço para a TV Sul Bahia, esclarecendo um pouco mais sobre a polêmica da exploração de gás e petróleo nas proximidades do Parque Nacional Marinho do Abrolhos.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Primeiro grande vazamento de petróleo no Brasil

Depois de ser acusada de danos ambientais e violação aos direitos humanos por derramamentos de óleo no Equador, financiamento de terrorismo em Angola, violação da Lei do Ar Limpo nos Estados Unidos, e destruição das florestas em Bangladesh, a petroleira norte-americana Chevron imprime agora a sua marca característica também no Brasil. Ela é protagonista do primeiro vazamento de petróleo em alto-mar no país, que ocorreu na Bacia de Campos, litoral fluminense.

Há uma semana tentando controlar o acidente, a Chevron está sendo socorrida por outras petroleiras, pois não possui os equipamentos necessários na região. Além disso, não tem oferecido à população informações claras sobre o caso e suas possíveis consequências. A Agência Nacional de Petróleo (ANP), que deveria fiscalizar as operações petrolíferas no Brasil, nem sequer noticiou o vazamento em seu site.
Na noite da última sexta-feira, a empresa calculava que 60 barris de óleo tinham chegado à superfície. Já no sábado a empresa informou que o vazamento girava em torno de 400 e 650 barris. Ou seja, em 24 horas, o vazamento, que tinha sido considerado “pequeno”, havia crescido mais de 10 vezes. Ela afirma que a causa seria uma “falha natural” na superfície do fundo do mar. Mas essa mesma falha não aparecia no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do campo de Frade.
O governo brasileiro tem que ficar cada dia mais atento, pois o conflito tem se intensificado com as plataformas off-shore em alto-mar. Precisamos diminuir a dependência nos combustíveis fósseis e migrar para um futuro mais renovável. Mais do que nunca, precisamos liderar um acordo global para a criação de um instrumento legal que proteja os oceanos. A Rio +20, no próximo ano, é a chance de o Brasil conseguir garantir uma efetiva proteção aos mares.

FONTE: Texto de Leandra Gonçalves, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, publicado aqui. Para saber mais leia aqui também.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Sobrevivência do peixe Dentão ou Vermelho depende da conexão entre manguezais e recifes de corais


Estudo inédito realizado na Região dos Abrolhos comprova que esta conexão é essencial para o ciclo de vida do Dentão ou Vermelho, espécie de alto valor comercial cuja captura anual chega a 3.000 toneladas no país.

Um mapeamento até então desconhecido do ciclo de vida de uma importante espécie de peixe para o país demonstra que a conectividade entre manguezais e recifes é essencial para sua sobrevivência. Conduzido ao longo de um ano por pesquisadores do Brasil e exterior, com apoio da Conservação Internacional (CI-Brasil), o estudo apresentou pela primeira vez os padrões de movimentação do vermelho (Lutjanus jocu) através de diferentes hábitats na Região dos Abrolhos, o maior e mais biodiverso complexo recifal do Hemisfério Sul. A descoberta, publicada recentemente na revista Estuarine, Coastal and Shelf Science, oferece informações-chave para o manejo da espécie, que já apresenta acentuado declínio em seus estoques.

A pesquisa mostra que o tamanho do vermelho é menor nos estuários, intermediário nos recifes costeiros e maior na área do Parque Nacional Marinho (Parnam) dos Abrolhos, indicando que a espécie migra ao longo da plataforma continental na medida em que cresce. Confirmando o estudo recém publicado, dados provenientes da pesca comercial revelam que os maiores peixes, entre 70 e 80cm, são encontrados em recifes ainda mais profundos e afastados da costa. Foram investigadas 12 áreas que representam diferentes hábitats costeiros e recifais, abrangendo a Reserva Extrativista (Resex) de Cassurubá, os recifes Parcel das Paredes e Sebastião Gomes e o Parnam dos Abrolhos.

Segundo Guilherme F. Dutra, diretor do Programa Marinho da CI-Brasil, apesar de a conectividade entre ambientes costeiros e marinhos ser bastante difundida e aceita, poucos trabalhos foram exitosos em demonstrá-la de maneira efetiva. “Esse é o primeiro estudo que consegue provar a relação entre manguezais e recifes para essa espécie que tem grande importância comercial”, comemora.

Ciclo desprotegido – As novas informações sobre o ciclo de vida do vermelho alertam para a condição de vulnerabilidade da espécie cujos estudos recentes indicam redução nos estoques no Banco dos Abrolhos devido à sobrepesca. Segundo informações dos desembarques, são capturados pelo menos 3.000 toneladas da espécie por ano nessa região, numa atividade que envolve cerca de 20 mil pescadores.

“As medidas de manejo adotadas para assegurar a exploração sustentável dos vermelhos não são suficientes”, salienta Rodrigo Moura, professor da Universidade Estadual de Santa Cruz e um dos co-autores do estudo. Ele explica que atualmente não há qualquer restrição às capturas dos adultos durante a fase reprodutiva – entre junho e setembro – ou tamanhos mínimos de comercialização que assegurem que os peixes capturados tenham completado pelo menos um ciclo reprodutivo, o que ocorre acima de 35cm.

Para chegar até a idade adulta, o dentão precisa de refúgio em manguezais e recifes próximos à costa, mesmo em áreas liberadas para pesca. “Uma vez que a espécie migra através da plataforma continental, está claro que áreas protegidas em unidades isoladas, tais como o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, não são efetivas para proteger as diversas etapas do ciclo de vida”, enfatiza Moura. “Isso comprova que é muito importante que tenhamos uma rede de áreas protegidas na região dos Abrolhos que esteja funcionando de forma integrada para de fato dar condições a essas espécies sobreviverem”, completa Dutra.

Para Ronaldo Francini-Filho, co-autor do estudo e professor da Universidade Federal da Paraíba, além dos instrumentos de proteção contra a pesca predatória serem insuficientes, os estuários e manguezais no Brasil têm sido crescentemente impactados pela expansão urbana, portuária e de atividades agroindustriais altamente degradadoras, tais como a carcinicultura (criação de camarões de água salgada). “O que vem ocorrendo nestes locais evidencia claramente as críticas lacunas de proteção e manejo”.

Esta pesquisa soma-se a outros trabalhos empreendidos na Região dos Abrolhos e que integram um esforço conjunto entre o meio científico e a Conservação Internacional para aprofundar o conhecimento sobre a sua riqueza biológica da e oferecer ferramentas para o uso sustentável e a conservação de sua biodiversidade. “A ciência tem apontado soluções e caminhos para que as pescarias marinhas se transformem em uma atividade geradora de riqueza com sustentabilidade. Apesar disso, a incorporação dessas lições pelas agências responsáveis pelo setor pesqueiro tem sido excessivamente lenta”, avalia Francini-Filho.

Sobre a espécie Lutjanus jocu – Associado aos ambientes rochosos e coralinos, o dentão – ou vermelho – é um dos mais importantes recursos pesqueiros capturados em ecossistemas recifais no Atlântico Ocidental. Das 19 espécies da família Lutjanidade que ocorrem no Brasil, a espécie estudada está entre as cinco mais importantes para a pesca. Apesar de sua importância e ampla distribuição, com ocorrência da Flórida ao sudeste brasileiro, havia pouco conhecimento sobre o ciclo de vida da espécie, inclusive sobre seu deslocamento através de diferentes ecossistemas marinhos e costeiros, dificultando o estabelecimento de políticas adequadas de manejo e conservação da espécie.

Financiamento

O estudo foi financiado pelo Programa “Ciência para a Gestão de Áreas Marinhas Protegidas” (MMAS, da sigla em inglês) – uma iniciativa da Conservação Internacional que busca contribuir para o planejamento, diagnóstico e monitoramento de Áreas Marinhas Protegidas, aliando conhecimento científico e práticas de conservação – que tem o patrocínio da Fundação Gordon e Betty Moore.

Contou também com o suporte financeiro do Conservation Leadership Programme, da National Geographic Society, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq). Os pesquisadores fazem parte da Rede Abrolhos, uma iniciativa financiada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia no âmbito do Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade (Sisbiota), visando ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade brasileira e melhorar a capacidade de resposta a mudanças globais, associando as pesquisas à formação de recursos humanos, educação ambiental e divulgação científica. O trabalho de divulgação recebeu o apoio financeiro da Fondation Veolia Environnement.
FONTE: Texto da Eco Agência, disponível em CaravelasNews.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Rede de Pesquisas Coral Vivo está com inscrições abertas

Pesquisadores de todo o país podem se inscrever, até o dia 15 de novembro, na Rede de Pesquisas Coral Vivo para o primeiro semestre de 2012. Será disponibilizada a estrutura da base em Arraial d´Ajuda (BA) com viveiros, aquários, bancada de microscopia, embarcação com ou sem combustível, veículo em terra e/ou apoio financeiro para custeio direto de serviços ou produtos necessários à realização do experimento (passagens, alimentação, estadia, materiais para uso de campo, entre outros). Além disso, será possível considerar pequeno apoio logístico (alojamento e intermediação de outros itens) na Base Búzios (RJ).

Todas as propostas de projetos recebidas serão avaliadas de acordo com o conteúdo, a viabilidade de aplicação, a relevância para o meio ambiente, a possibilidade de interação com outras pesquisas da Rede e o custo estimado do apoio solicitado. O resultado dos selecionados será divulgado em nosso site até o dia 10 de dezembro. Os estudos podem iniciar imediatamente após a divulgação e se estender até junho de 2012.
Saiba mais informações e faça sua inscrição aqui.

FONTE: Equipe Coral Vivo.

sábado, 5 de novembro de 2011

IBJ entrega parecer negativo sobre a construção do Porto Sul, em Ilhéus

Foto da internet

A Construção do Porto Sul, em Ilhéus, preocupa o Instituto Baleia Jubarte, que entregou ao Ibama um parecer com comentários sobre alguns pontos pertinentes no que se refere à proteção das baleias jubarte e outros cetáceos, sugerindo recomendações. As considerações finais do documento ressaltam que “o empreendimento está situado em uma região de alta importância para os cetáceos – especialmente para duas espécies vulneráveis a impactos humanos (boto-cinza e baleia jubarte) – devendo causar impactos negativos como óbitos e diminuição das chances de sobrevivência de indivíduos das espécies. Estes impactos negativos, pela exposição prolongada e contínua, podem resultar na perda e na destruição de habitats destes animais.”

O Instituto Baleia Jubarte participou da audiência pública que discutiu a implantação do Porto Sul, realizada no fim de outubro, em Ilhéus. Durante o evento, o coordenador ambiental do IBJ, Sérgio Cipolotti, apresentou os pontos mais preocupantes da obra, tendo em vista a preocupação com a proteção às baleias jubarte que frequentam as águas do litoral sul da Bahia, anualmente, para se reproduzir. Entre as questões debatidas estavam os impactos sonoros e as ocorrências de colisões com embarcação, durante a construção do Porto.

FONTE: Disponível no CaravelasNews, aqui

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Pesca de camarão está liberada

Na segunda-feira (31/10) terminou a proibição da pesca do camarão no litoral baiano. Essa época do ano aumenta a quantidade de camarões jovens, que ainda não chegaram à idade reprodutiva, com isso, faz-se importante o período de defeso, que acontece durante duas vezes ao ano quando fica proibida a pesca de camarões das espécies sete-barbas, branco e rosa.
Durante o período do defeso a fiscalização é feita pelo IBAMA e quem for pego vendendo e receptando camarão antes do fim do prazo, está sujeito à pena de 1 a 3 anos de prisão e multa de até R$ 100 mil. A ação garante o sucesso da reprodução e a criminalização daqueles que desrespeitam a lei, comprometendo os estoques.
Na Barra de Caravelas, a maior comunidade de pescadores de caravelas, os profissionais da pesca, ainda não puderam volta suas atividades em alto mar devida o mau tempo. Porém grande é ansiedade de todos em fazer aquilo que eles mais sabem, pescar.
FONTE: Foto de Girlândia Rodrigues e texto de Edvaldo para o Blog Diário da Barra, aqui.

6ª Reunião da Comissão de Acompanhamento da Dragagem

No dia 08/11 (terça feira) as 14 horas, no Centro de Visitantes do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, acontecerá a 6ª Reunião da Comissão de Acompanhamento da Dragagem do Canal do Tomba, vinculado ao Conselho Consultivo do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos. Na pauta estão assuntos como os relatos dos encaminhamentos ocorridos e acompanhamento das pendências da última reunião, programação do Workshop, apresentação sobre o Plano de Dragagem 2011/2012 e apresentação sobre o andamento do atendimento das condicionantes, entre outros.

FONTE: Enviado por Joaquim R. S. Neto - Gestor da Resex Cassurubá - ICMBio.



Campanha de conscientização no trânsito

Nos meses de setembro e outubro, a Fibria foi parceira da Campanha de Conscientização no Trânsito, promovida pelo jornal Extremo Sul Agora, nos municípios de Nova Viçosa e Mucuri (BA).

Por meio da iniciativa, 6.500 estudantes da região assistiram a palestras e receberam informativos sobre o tema. A campanha também divulgou dados estatísticos dos principais acidentes dos últimos cinco anos na BR-101, no trecho entre o trevo de Posto da Mata (Nova Viçosa) e a divisa com o Espírito Santo.

FONTE: Fibria Notícias, Edição 105, de 3 de novembro de 2011, disponível aqui.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Culinária é tema de visita do Greenpeace em Caravelas

Estiveram vistando Caravelas no início desta semana uma equipe de apoiadores da organização ambientalista Greenpeace, entre eles diretores e membros do Conselho do Greenpeace Brasil, além de apoiadores, como a Chef Ana Luiza Trajano do restaurante Brasil a Gosto e o Chef de cozinha David Hertz, diretor presidente da Gastromotiva, uma OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público que investe na formação de jovens em situação de invisibilidade social, capacitando-os para o mercado de trabalho na área gastronômica.

Chef David HertzApós visitarem o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos o grupo esteve visitando a Comunidade da Barra de Caravelas, onde puderam interagir com os moradores locais e visitar algumas famílias para conhecer um pouco mais sobre a culinária da região, um dos interesses do grupo nesta viagem. Na casa de Dona Benedita, conhecida benzedeira da comunidade, colheram informações sobre os costumes locais, pratos típicos e  ingredientes como o coentro maranhense e a farinha de mandioca produzida na comunidade.  À tarde estiveram visitando a família da pescadora artesanal Elizete, que contou sobre a vida e dificuldades do ofício e apresentou, junto com a sua mãe, dicas de preparo de algumas receitas da família. O grupo recebeu também vários exemplares do Jornal O Samburá, jornal comunitário produzido por jovens, com informações sobre a comunidade da Barra e temas de interesse dos pescadores e pescadoras artesanais da região.

O grupo visitou também o Centro de Visitantes do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos e conheceu o trabalho do artista Dó Galdino, do Ateliê Astúcias. O objetivo da viagem foi conhecer o trabalho das organizações locais, ver como vivem as comunidades no entorno do Parque e colher informações sobre a culinária local para inspirar a realização de um jantar para arrecadar fundos para a Campanha Deixe as Baleias Namorarem, onde o Greenpeace Brasil pede ao governo e às empresas uma moratória de 20 anos na exploração de gás e petróleo na região dos Abrolhos.

Este texto foi publicado também aqui e aqui.