quinta-feira, 27 de junho de 2013

Forró anima a tarde das alunas do Projeto Conviver de Caravelas


A Secretaria Municipal de Ação Social de Caravelas promoveu uma tarde bem animada para as alunas do Projeto Conviver.  O Forró da Melhor Idade quebrou a rotina do Projeto, que transformou sua sede atual, que funciona no prédio do antigo Instituto de Artesanato Visconde de Mauá em um verdadeiro Arraiá.

O Secretario de Ação Social Fabio Pinheiro esteve presente o tempo inteiro participando do Arraiá, que contou também com os comes e bebes típicos do São João. Os presentes se divertiram muito e transformaram suas alegrias pelo sucesso do Projeto em energia e disposição para dançar a quadrilha na Praça da Co-Catedral de Santo Antonio, localizada no Centro Histórico de Caravelas.

Sob a coordenação da professora Hozana Moreira, técnica em pinturas, que coordena dezenas de profissionais das artes, o Projeto Conviver incentiva e dá suporte para grupos de mulheres e idosos a realizar atividades como artesanatos, danças e passeios. Mais imagens:






FONTE: ASCOM da Prefeitura Municipal de Caravelas/Fotos de Osmar Guarnelles.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Leão marinho está no Rio Caravelas


São João em Caravelas mantém a tradição com apresentação de quadrilhas

Famosa por suas belezas naturais, Caravelas possui ricas manifestações culturais, entre elas as festividades juninas, que além movimentarem vários bairros e distritos com fogueiras e barracas para venda de produtos da culinária e do artesanato regional, reúnem na cidade grupos culturais de toda a região.
ARRASTÃO DA QUADRILHA INFANTIL DA ESCOLA ISABEL COSTA

E este ano, entre os dias 22 a 24 de junho não foi diferente, muita festa, dança, gente bonita e famílias inteiras curtindo o clima de inverno e o encanto da cidade, famosa pelo seu povo acolhedor e sempre disposto a oferecer um gostoso licor de jenipapo na porta de casa, ou bater um bom papo no calor de uma fogueira.

QUADRILHA DA RUA DAS FLORES DE NOVA VIÇOSA

Além dos shows das bandas locais, abrilhantaram a festa as apresentações dos grupos de quadrilhas tradicionais, como o Banda Voou, comandada por Magda Catrofe e Kleiton Saúde e Quadrilha Eu Sei de Tudo, que veio da cidade vizinha de Alcobaça para a festa. 

QUADRILHA AVISA LÁ QUE EU VOU DE ALCOBAÇA

Das cidades vizinhas também vieram a Quadrilha Rua das Flores, de Nova Viçosa, coordenada por Gilmar e Alex Viera, que trouxeram o tema Maria Bonita e Lampião, o rei do Cangaço, e a Quadrilha Avisa Lá Que Eu Vou, de Alcobaça, que trouxe para a rua o tema Boneca Emilia, do Sitio do Pica Pau Amarelo, coordenada e marcada por André Dias. Estas quadrilhas participam do São João de Caravelas já ha 07 anos. 

Os festejos juninos foram uma realização da Prefeitura Municipal de Caravelas, com a organização da Divisão de Eventos da Secretaria de Turismo, Esporte e Meio ambiente, que este ano contou com o apoio da Petrobrás e do comércio local.

FONTE: Ascom Prefeitura Caravelas.


segunda-feira, 17 de junho de 2013

Brasil discute sobre preservação das baleias

O Brasil está participando da 65ª reunião do Comitê Científico da Comissão Internacional da Baleia - CIB em Jeju Island, na Coréia do Sul. A reunião ocorre de 31 de maio a 16 de junho. A pesquisadora Fábia Luna, Coordenadora do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio/MMA, representa o País na 65ª reunião do comitê Científico da CIB, que conta com a participação de mais de 200 pesquisadores de aproximadamente 80 países contratantes da Convenção que foi criada em 1946 para tratar d a caça de baleias.

Atualmente a caça de baleias comercial está suspensa devido à moratória estabelecida pela CIB em 1984. Dois países continuam caçando baleias de forma comercial (Noruega e Islândia, que fizeram objeção à moratória). Além deles, o Japão realiza caça científica em acordo com um dos artigos da Convenção. A caça realizada pelo Japão é muito discutida internacionalmente, uma vez que realizam em águas internacionais que foram estabelecidas como um Santuário de Baleias.

Durante a reunião do Comitê Científico, estão sendo discutidos assuntos que atualmente podem afetar as populações de baleias como: problemas ambientais (poluição orgânica e inorgânica, ruídos marinhos, degradação do habitat, aquecimento global, e outros). Além disso, problemática que afetam direto os indivíduos como: atropelamentos, emalhes, capturas acidentais. Um assunto de interesse dos países conservacionistas é o whalewatching realizado de forma responsável, uma vez que a atividade tem sido considerada como a melhor opção para utilização das baleias de forma não letal, ou seja, a atividade é uma forma de se utilizar as baleias vivas como uma forma de renda para populações locais e desenvolvimento de turismo em regiões onde a espécies ocorre, aumentando a capacidade de renda da região onde geralmente necessita de outros serviços como hotéis, restaurantes, loja, entre outros.

O Brasil tem investido em implementação da atividade de whalewatching em suas águas jurisdicionais de forma responsável, ou se seja, evitando que a atividade acabe prejudicando as baleias. Para tanto é necessária atenção especial em relação a: aumento de poluição sonora, dejetos das embarcações, forma de aproximação e distância dos animais, entre outros.

Segundo Fábia Luna, a reunião está sendo bastante positiva e o Brasil tem conseguido desenvolver várias pesquisas e ações com vistas à conservação dos mamíferos aquáticos. A pesquisadora ressalta a importância de o Brasil estar presente nessas reuniões, discutindo assuntos científicos e reforçando a posição de que o país trabalha em prol da conservação e uso não letal dos cetáceos.

FONTE: BLOG CIÊNCIA E MEIO AMBIENTE

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Revista da Marinha trouxe reportagem sobre o Farol de Abrolhos


O periódico Marinha em Revista trouxe na revista número 08, uma reportagem especial sobre a vida dos militares que residem e trabalham na Ilha Santa Bárbara, do Arquipélago dos Abrolhos. Além de contar sobre o dia a dia e as inúmeras tarefas desempenhadas pelos profissionais, faz um belo retrato do funcionamento do Farol de Abrolhos, sinal náutico de 22 metros de altura instalado no local em 1891, no Reinado de D. Pedro II. 

Conservado pela Marinha do Brasil, o Farol tem o objetivo de tornar segura a navegação das embarcações que fazem a rota marítima entre Salvador e os portos do sul do País, tendo em vista o grande perigo que é navegar nesta região devido aos inúmeros recifes de coral em formato de chapeirão, que são colunas de coral de até 20 metros de altura que se erguem do fundo e se abrem em arcos perto da superfície, podendo chegar a 50 metros de diâmetro, como imensos cogumelos submarinos.

Atualmente o Farol de Abrolhos é considerado o sinal náutico mais importante do sul da Bahia, fazendo com que o número de acidentes náuticos na região seja quase zero.


Para ler a matéria completa, clique na imagem abaixo.

Clique aqui para visualizar Marinha em Revista


Primeiro encalhe de Jubarte do ano na região dos Abrolhos


Trata-se de um macho adulto, com mais de 13 metros de comprimento que encalhou em avançado estado de decomposição em Barra Velha – Nova Viçosa – BA, dentro da área da Reserva Extrativista do Cassurubá.

Segundo as informações do Projeto Baleia Jubarte, que está trabalhando na necropsia do anima, foi possível examinar poucos órgãos e embora não se possa ainda estabelecer a causa da morte, a presença de hemorragia intensa próximo a região dorsal e a presença de alguns hematomas levantam a suspeita que este animal possa ter sido atropelado por um navio. 

Além da dificuldade de acesso outro fator que dificulta o trabalho é que pela posição da baleia (deitada com a barriga voltada para cima) os ossos que se quer examinar encontram-se na parte de baixo sob toneladas de carne e gordura.

FONTE: IBJ e SulBahia News.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Jornal O Samburá comemorou aniversário com festa para a comunidade e muita música



O Jornal Comunitário O Samburá completou nesta segunda feira (10) seus 04 anos de história na comunidade barrense.

A festa aconteceu nos dias 08 e 09 com muitas brincadeiras, jogos esportivos e sorteios de brindes, com a Iª Gincana do Samburá, que atraiu quase 150 jovens e adultos para seu encerramento na Praça Ary Leite, em frente à sede da Filarmônica Lira Imaculada Conceição na noite do domingo.

O Samburá em seus 04 anos de existência tem sido capaz de promover o resgate da cultura e da tradição da comunidade, pois uma rápida olhada em suas páginas os moradores facilmente reconhecem lugares, pessoas e histórias comuns do seu dia-a-dia.

O Jornal é uma iniciativa de um grupo de jovens voluntários interessados no resgate da identidade coletiva da comunidade de Barra de Caravelas.

A Iª Gincana do Samburá, contou com o apoio dos vereadores Popô, Watson e Aldicélio, que estão sempre contribuindo com a Barra, assim como a Padaria Pão da Barra, Casa da Carne da Barra (Clemente), Jose Esperidião, Sr. Antônio Santos Silva, que premiou o vencedor da Gincana com um lindo troféu confeccionado por ele mesmo, que é conhecido artesão de nossa comunidade. 

Também apoiaram a festa a Divisão de Esportes da Prefeitura Municipal de Caravelas, a Nova locadora, Jailson Tavares, Volney Lírio e parceiros do Jornal, como o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, a ong Conservação Internacional e o Instituto Baleia Jubarte, além de todas as equipes que se inscreveram para participar da Gincana e comemorar IV aniversário junto com a equipe do Jornal.

A equipe do Jornal O Samburá, agradece a todos amigos do Jornal e parceiros que têm contribuído para a continuidade desse veículo de informação tão importante para a população caravelense e principalmente agradece aos  jovens de nossa comunidade, que mostraram toda sua energia e motivação durante a festa.




















FONTE: Do Blog do Jornal O Samburá.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Lançamento de livro em Caravelas


A Conservação Internacional de Caravelas convida a todos para o coquetel de lançamento do Livro : Abrolhos, uma produção da Editora Cultura Sub, coedição da Conservação Internacional e fotos de Enrico Marcovaldi e Fernando Clark. Neste trabalho a editora Cultura Sub, cuja linha de atuação é voltada para projetos de sustentabilidade e preservação do meio ambiente, mostra ao leitor a biodiversidade de Abrolhos através de belas imagens e textos com informações sobre as peculiaridades da região. 

O lançamento vai acontecer no Auditório do Colégio Polivalente de Caravelas no dia 19 de junho a partir das 19:00 horas. 

As baleias já estão em Caravelas!

Fotos de Bernadete Barbosa/ PNM dos Abrolhos

As primeiras baleias Jubarte (Megaptera novaeangliae) já foram avistadas no dia 08/06 no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, pela monitora ambiental Bernadete Barbosa. Elas estavam próximas à Ilha Siriba, uma das 5 ilhas que compõem o Arquipélago. Como já é esperado, elas deram um show, com batidas de cauda e muita exibição.

Segundo os dados do Instituto Baleia Jubarte, ong que monitora as baleias na região, para este ano estão sendo esperadas cerca de 14 mil baleias, que ficam concentradas na região dos Abrolhos principalmente entre os meses de julho a novembro, para se acasalar, reproduzir e cuidar de suas crias.

Quem deseja conhecer de perto este espetáculo, tem que passar pela charmosa cidade de Caravelas, que é a cidade do continente mais próxima a Abrolhos. É aqui, no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, o principal ponto reprodutivo da espécie e onde se concentram cerca de 90% das Jubartes que chegam ao Brasil. Isso se deve ao alargamento da plataforma continental que deixa as águas mais mornas e calmas para reprodução e amamentação da espécie. 

O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, que completou 30 anos em 2013, está localizado a cerca de 70 km (30 milhas náuticas) da cidade de Caravelas e além de receber anualmente as exuberantes baleias Jubarte, protege também a região com maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul, permitindo várias opções de mergulho, com recifes de corais imensos e coloridos, cavernas submarinas e uma grande variedade de peixes e outros animais marinhos.  

Para chegar até o Parque é preciso pegar uma embarcação em Caravelas. O passeio pode ser bate-volta ou durar mais dias, com os passageiros dormindo a bordo de catamarãs e barcos confortáveis e equipados das operadoras de turismo à disposição.

As embarcações seguem uma série de orientações que são compartilhadas com os visitantes para garantir o sucesso do passeio e, claro, assegurar o bem-estar das baleias. É o IBAMA (portaria117/2002) que determinou as normas de avistagem, que estabelecem, entre outras coisas, a distância mínima permitida para que as embarcações se aproximem das baleias e o tempo máximo para ficar próximo a elas.

Os visitantes que não puderem ir até o Parque, podem aproveitar para conhecer o seu Centro de Visitantes, que fica na zona urbana de Caravelas e além de uma réplica em tamanho real de uma baleia Jubarte, oferece palestras educativas e dá acesso a uma trilha ambiental com cerca de 1 quilômetro de extensão que proporciona o contato com dois dos ecossistemas integrantes do Complexo dos Abrolhos: a restinga e o mangue. Também é possível ver ossos de baleia Jubarte enterrados na praia, além de grande quantidade de árvores nativas. A visitação e o uso das instalações são totalmente gratuitos e o Centro conta com monitores para receber e acompanhar os grupos. Passeio imperdível!

Para saber mais entre em contato pelo telefone: (73) 3297-2258 ou visite o site do Parque: http://www.icmbio.gov.br/parnaabrolhos/ .

Este texto foi publicado também aqui e aqui.



sexta-feira, 7 de junho de 2013

Estudo diz que preservar florestas ajuda a preservar corais

Conservacionistas que lutam para salvar os corais de áreas costeiras deveriam pensar primeiro em combater o desmatamento local ao invés de atacar o risco mais amplo do aquecimento global, sugere um estudo publicado na terça-feira (4) pela AFP.
Os sedimentos arrastados rio abaixo pela terra desmatada podem enfraquecer corais costeiros e turvar a água, diminuindo a luz da qual dependem as comunidades coralinas.
Quando o sedimento se assenta no leito marinho, ele abafa os corais, forçando-os a aumentar o gasto de energia para sobreviver, elevando o risco de branqueamento e morte.
Uma equipe de cientistas chefiada por Joseph Maina, da Universidade Macquarie, em Sydney, Austrália, realizou uma simulação em computador de quatro sistemas fluviais em Madagascar cujos fluxos impactam os ecossistemas coralinos locais.
Em 2090, o aquecimento global terá um grande efeito sobre estes corpos hídricos, reduzindo as precipitações e, como resultando, diminuindo o depósito de sedimento no mar, afirmaram.
“No entanto, estes declínios provocados pelas mudanças climáticas são excedidos pelo impacto do desmatamento”, destacou o artigo.
O desmatamento em Madagascar fez quintuplicar o sedimento nos rios desde que o assentamento humano se expandiu para lá, estimou.
Os volumes de sedimento poderia ser reduzida em 19% e 68% se de 10% a 50% das florestas naturais forem restaurados, acrescentou.
Plantar novas florestas “oferece a promessa de consequências ambientais sustentáveis frente às mudanças climáticas em um dos pontos mais relevantes de biodiversidade no mundo”, destacou.
Os cientistas afirmam que climas mais quentes juntamente com a sobrepesca e a perda de hábitat, são riscos maiores para os corais, dos quais dependem centenas de milhões de pessoas.
Um quarto dos corais construtores de recifes estão em risco de extinção, segundo a Lista Vermelha de espécies ameaçadas, compilada pela União Internacional para a Preservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
FONTE: EcoDebate.

Curso de Observação de Mamíferos Marinhos e Técnico Ambiental Embarcado no Banco dos Abrolhos


Essa é a oportunidade que muita gente espera! Que tal em plena temporada de baleias jubarte, realizar um curso de Observação de Mamíferos Marinhos e Técnico Ambiental Embarcado no Banco dos Abrolhos? 

Além da programação técnica, vale dizer que lá é um dos principais pontos de reprodução da baleia jubarte - cerca de 14 mil delas estão chegando, e 90% ficam na região, uma das mais ricas em biodiversidade do planeta. O curso é para quem já é da área e quer se especializar. Data: 22 a 25 de julho. 

Hospedagem inclusa e, para quem chegar pelo aeroporto mais próximo, que é o de Porto Seguro, oferecemos translado para Caravelas. 

Informações e dúvidas: cursos@ecohub.com.br

FONTE: IBJ

segunda-feira, 3 de junho de 2013

I Encontro de operadores turísticos marca início da temporada das baleias 2013

De 07 a 09 de junho, o Centro de Visitantes do Instituto Baleias Jubarte da Praia do Forte, em Salvador, vai receber operadores turísticos de diferentes pontos da costa da Bahia que promovem o turismo de observação de baleias. O objetivo do encontro será viabilizar um intercâmbio entre todos os parceiros e criar um protocolo de boas práticas que seja participativo, buscando o ordenamento dessa atividade de maneira responsável para os próximos anos. 

Já estão confirmados os representantes das operadoras parceiras da região de Caravelas, Cumuruxatiba, Porto Seguro, Barra Grande, Itacaré, Morro de São Paulo, Salvador e Praia do Forte e, possivelmente, representantes do governo da Zona Turística da Costa das Baleias, que contempla os municípios de Itamaraju, Prado, Alcobaça, Nova Viçosa, Mucuri e Teixeira de Freitas. 

Durante o encontro, será iniciada a elaboração do protocolo de boas práticas. Os profissionais do ramo das diferentes localidades ao longo da costa da Bahia terão participação na criação do conteúdo.

Abertura:

Na abertura do evento, dia 07 de junho, às 19h, vai acontecer também o lançamento do novo DVD institucional do Projeto Baleia Jubarte, patrocinado pela Petrobras, sobre a atividade do turismo de observação de baleias no Litoral da Bahia. O evento conta com apoio do Albergue Praia do Forte, Pousada Tatuapara e Tango Café.

Começa Campanha de Resgate do Projeto Baleia Jubarte

Além de baleias jubarte a equipe de resgate do Projeto Baleia Jubarte também resgata outras espécies encalhadas ou em risco, como lobos marinhos, botos e golfinhos. 

Com a proximidade da temporada reprodutiva das baleias jubarte, a equipe de Resgate do PBJ está fortalecendo a divulgação dos telefones de contato e de informações sobre primeiros socorros em caso de encalhe de animais, vivos ou mortos. 

Cidades do Sul da Bahia como Belmonte, Porto Seguro, Arraial D’ajuda, Corumbau, Cumuruxatiba já foram visitadas pela equipe que abordou pescadores, cabanas de praia, associações e moradias na beira da Praia. Quem conta é a pesquisadora e médica-veterinária Adriana Colosio. “A partir do dia 20 vamos para o litoral norte do Espírito Santo e depois passar por Mucuri, Nova Viçosa, Prado, Alcobaça e Caravelas”, diz. 

Se encontrar animais marinhos encalhados, vivos ou mortos, ligar com urgência para:
Praia do Forte: 71-3676-1463 e 71-8154-2131 ou
Caravelas: 73-3297-1340 e 73-8802-1874. A ligação pode ser a cobrar.

FONTE: IBJ

domingo, 2 de junho de 2013

Pesca excessiva ameaça espécie fundamental para recifes brasileiros

Peixe budião-azul, predador de algas que sufocam corais, corre risco de extinção. Sem ele, especialistas alertam para “desertificação marinha”.


Um deserto marinho. Esse pode ser o futuro dos recifes de corais no Brasil se os ecossistemas não forem preservados. O alerta é feito por especialistas que veem na pesca predatória do budião-azul e na poluição os principais desafios a serem enfrentados para manter boas condições de vida no mar.
Abaixo da superfície da água existe muito mais vida do que se pensa, conforme explica a geóloga marinha Zelinda Leão. “Recifes de corais são os maiores ecossistemas e as áreas de maior biodiversidade nos mares. Pode-se comparar à Mata Atlântica”, afirma.

Apesar de ser um ambiente tão rico de formas de vida diferentes e essencial para a sobrevivência de comunidades de pescadores, os recifes estão sob séria ameaça. “Eles ficam muito perto da costa e estão em risco por causa principalmente da poluição e do turismo desordenado”, aponta. Segundo a pesquisadora, monitoramentos anuais são realizados desde 2000 na costa da Bahia e mostram que em alguns locais houve desaparecimento de espécies. No entanto, a diversidade e o percentual de corais vivos não tiveram grande alteração negativa.

Neste caso, até um fenômeno natural atrapalha. Em 2003 houve mortalidade de corais no Brasil devido ao aumento da temperatura da água causado pelo el niño no Atlântico. “Felizmente eles se recuperaram. Outros recifes ameaçados, em Pernambuco, Paraíba e Alagoas também vêm resistindo”, completa Zelinda.

Mas além da poluição, existe ainda outro problema grave que afeta de maneira significativa a vida dos corais, a pesca predatória do peixe budião-azul. A bióloga Marília Previero, explica a relação: “Ele é um peixe importante porque se alimenta de algas que crescem nos corais. Sem o budião-azul, elas crescem muito, sufocam e matam o coral.”

Hoje, pesquisadores se dedicam a conhecer o ciclo de vida do budião-azul de forma precisa para controlar sua pesca e minimizar o impacto sobre os corais. Esse é o tipo de budião mais ameaçado no mundo, segundo Marília, devido à intensificação de sua pesca nas últimas décadas. O Parque Nacional Marinho (Parnam) dos Abrolhos, na Bahia, que abriga o maior complexo recifal do Atlântico Sul, é um dos ambientes preferidos da espécie. E dos estudiosos.

Estudamos reprodução, época e locais, crescimento, quantos anos vivem e com quantos anos começam a se reproduzir, alimentação. Com essas informações, a gente pretende criar opções de manejo pesqueiro do budião-azul”, conta Marília. Ela ressalta, porém, que não se pode impor regras aos pescadores. É preciso trabalhar em conjunto. “O conhecimento tradicional deles é muito importante também. Não temos intenção de fechar a pesca de cima para baixo. A ideia é fazer medidas de gestão das espécies junto com os pescadores. Eles vivem disso há décadas, então não podemos deixá-los de fora”, garante a cientista.

Ricardo Jerozolimski, chefe do Parnam dos Abrolhos, afirma que é preciso ampliar as áreas de proteção ambiental marinhas. “O parque protege só 2% do banco de corais dos Abrolhos. Com novas unidades de conservação, facilita trabalhar a gestão dessas áreas, os planos de manejo e tanto a fiscalização como a pesquisa”, justifica.

Uma grande preocupação hoje para a região dos Abrolhos é a ameaça da extração de petróleo. Não há blocos de exploração dentro do parque, mas a proximidade entre eles é perigosa. E os outros 98% dos recifes não protegidos estão expostos. “A gente se preocupa muito com essa questão porque pode causar impactos. É uma ameaça muito grande para a biodiversidade. Ampliar a proteção é uma forma de controlar melhor essa atividade”, defende o engenheiro florestal.

Para melhorar a proteção dos corais, Jerozolimski pede mais investimentos: “Melhor maneira é trabalhar na ampliação das áreas, fornecendo efetivos para conservação, como recursos humanos, estrutura, equipamentos.”

Zelinda Leão também acredita que seja preciso ampliar as unidades de conservação no arquipélago. “Toda a costa tropical tem recifes. É muita coisa que a gente não conhece, e a pesca é muito intensa. Já estão se pescando peixes que antigamente não se comiam, como é o caso dos budiões”, comenta.
A solução que Zelinda apresenta é radical. “Deve-se aumentar o número de áreas fechadas. Não pode pesca nem turismo, só pesquisa. Já existem em Pernambuco e na Bahia. Áreas fechadas são importantes porque elas ajudam a repovoar as outras”, afirma.

Já Marília Previero defende um rigor maior na fiscalização, para fins de conhecimento exato da atividade pesqueira. “O monitoramento dos desembarques é extremamente importante para as pesquisas. Temos grande dificuldade em avaliar a abundância das populações ao longo do tempo porque não se tem ideia de quanto era pescado de cada espécie há 50 ou há dez anos. O monitoramento na região é muito falho”, critica.

Mas se o presente dos bancos de corais é cheio de desafios, o futuro pode ser bom. Pelo menos o chefe do Parnam dos Abrolhos pensa assim. “Sou otimista, acredito em um bom futuro para os Abrolhos, mas acho que a sociedade tem o importante papel de cobrar das instituições”, conclui.