terça-feira, 29 de novembro de 2011

Parque Nacional Marinho dos Abrolhos promove Curso de Formação de Condutores de Ecoturismo Subaquático em Caravelas, Bahia

No período de 22 a 24/11 o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos realizou no seu Centro de Visitantes, localizado no município de Caravelas, Bahia, mais um Curso para Formação de Condutores de Ecoturismo Subaquático, denominação adotada no Plano de Uso Público do Parque para os condutores de visitantes em atividades de mergulho autônomo. Este curso é anual, neste ano teve carga horária total de 24 horas e contou com a presença de 15 profissionais. O curso também é requisito obrigatório para a certificação e renovação do certificado dos condutores junto ao Parna em função da necessidade de proteção do ambiente recifal e do grau de risco inerente à atividade de mergulho. Gratuito, o curso pôde ser feito por maiores de 18 anos que já tivessem realizado um curso de mergulho avançado.



Segundo o coordenador do curso e analista ambiental do Parna Marinho dos Abrolhos, Marco Antônio Gama de Albuquerque, a importância do Curso de Condutores de Ecoturismo Subaquático se dá principalmente em função de o ambiente recifal ser extremamente frágil e porque o Parque precisa garantir mecanismos de controle de impactos, mas Marco Antônio lembrou também que o curso tem também um aspecto social bastante importante, que é a geração de emprego e renda para aqueles que têm interesse em atuar com o turismo na região do Parna.

“Através do curso, mergulhadores avançados e instrutores de mergulho adquirem conhecimentos sobre processos ecológicos, aspectos físicos, biológicos e geológicos do Parna, formas de relacionamento com o visitante, legislação ambiental, práticas interpretativas e de educação ambiental”, informa Marco Antônio.

Desde que acompanhado pelos Condutores de Ecoturismo Subaquático, a realização de mergulho autônomo está previsto no Plano de Manejo do Parna Marinho dos Abrolhos, que está localizado numa região considerada como a de maior biodiversidade do oceano Atlântico Sul e que também abriga o maior complexo recifal do Brasil. Diante disso, turistas do mundo inteiro procuram o Parna interessados nos mergulhos para conhecer estes recifes de coral, espécies endêmicas, cavernas submarinas e naufrágios em mergulhos orientados.

Impactos da atividade

O mergulho como atividade turística pode causar tanto impactos positivos, levando os visitantes a conhecer e valorizar o Parque, contribuindo para toda a cadeia de serviços turísticos na região, no entanto esta atividade também pode causar impactos negativos diretos que decorrem da interação do mergulhador com a biota marinha, principalmente causados pelo pisoteio, manipulação, batidas com as nadadeiras e outras partes do equipamento ou ainda impactos indiretos, como impactos oriundos do tráfego e fundeio de embarcações, uso de motores, poluição por resíduos oleosos, entre outros que levam a um mal-funcionamento dos processos ecológicos e ruptura de vínculos fundamentais para os ciclos de vida. Vejam mais algumas imagens:







Texto publicado também aquiaqui e aqui.

FONTE: Imagens Arquivo PNM dos Abrolhos.

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