quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Pescadores questionam área de descarte dos sedimentos da Dragagem do acesso ao Canal do Tomba

Diversos pescadores vêm chamando a atenção para a ocorrência de possíveis irregularidades no descarte dos sedimentos  realizado pela Draga que opera no acesso ao Canal do Tomba, pois segundo eles os Descartes estariam ocorrendo muito próximos à terra. Procurada pelo Chefe da Resex do Cassurubá, Joaquim Santos Neto, a Empresa Fibria, informou que existe uma equipe de fiscalização da dragagem, que permanece embarcada em tempo integral e registra as coordenadas geográficas de todos os pontos em que a draga realiza os descartes, justamente com o objetivo de verificar possíveis lançamentos fora da área autorizada pela IBAMA. Além desta fiscalização a draga possui sistema de monitoramento de seu posicionamento em tempo real, o que permite ao comandante da draga ter a certeza de que está dentro dos limites da área autorizada antes de realizar o descarte dos sedimentos. A Fibria informou ainda que após uma análise detalhada de todos os descartes realizados no mês de janeiro/12, não foi constatado qualquer lançamento fora dos limites da área de descarte.



Com relação à distância entre a área de dragagem e o descarte, como pode-se observar na imagem, basta uma navegação de apenas 0,31 milhas náuticas após o término do canal para que a draga esteja em área autorizada para o descarte. A área total é divida por quatro áreas menores que vão sendo revezadas para evitar uma redução acentuada das profundidades no local. Além disto, a draga pode adotar trajetórias diferentes até a área de descarte, o que pode estar chamando a atenção dos denunciantes. O Analista de Licenciamento Ambiental da Fibria, Diomar Biasutti, informa que a Fibria possui um canal de comunicação através do qual podem ser recebidas denúncias relacionadas à dragagem, o “Fale Fibria”, que permite ligações gratuitas: 0800-283-8383.

Joaquim Neto chama a atenção que uma das demandas levantadas no 1° Seminário da Dragagem do Canal do Tomba realizado em dezembro/11 é a divulgação de canais de comunicação para receber as reivindicações de pescadores da região, que têm interesse em fazer denúncias ou tirar dúvidas a respeito dos procedimentos de Dragagem. Então, além do “Fale Fibria”, pode-se ligar para a Resex do Cassurubá: (73) 3297-2258 ou 2260 e também para o “Linha Verde”, do IBAMA, que também oferece ligações gratuitas pelo: 0800-618-080 ou pode-se enviar e-mail: linhaverde.sede@ibama.gov.br.

Um outro fato que vem preocupando a Fibria e os integrantes da Comissão de Acompanhamento da dragagem é a presença de redes de pesca na área de dragagem. A equipe de fiscalização registrou vários momentos em que a draga foi obrigada a desviar de redes na área de dragagem, o que traz riscos de acidentes ambientais, coloca em risco a vida dos pescadores, além dos possíveis prejuízos em virtude de danos às redes e embarcações de pesca.

A área de dragagem é considerada área de exclusão de pesca e deve ser respeitada durante os períodos em que a dragagem estiver ocorrendo, lembrando que o atual período de dragagem será encerrado em 31 de março de 2012.

FONTE: Disponível na Edição 33 do Jornal Comunitário O Samburá, acesse aqui.

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