quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Oceanógrafa defende novo olhar sobre Abrolhos


Em entrevista publicada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo (acesso restrito a assinantes), a oceanógrafa norte-americana Sylvia Earle defendeu a exploração de Abrolhos, não por petróleo ou gás, mas pela ciência.

De acordo com a pesquisadora, referência internacional para os estudos marinhos, o Brasil deveria explorar a fundo a biodiversidade das áreas onde se está propondo perfurar e tornar este conhecimento de dominio público. “Não se trata de dizer não à exploração de petróleo”, opina. “Depois que você souber o que existe lá, você pode escolher não perfurar, porque o custo-benefício pode não ser sensato”. Para ela, o que existe nas profundezas do mar brasileiro pode ter um valor mais alto do que o que queremos extrair.

Para Sylvia, as consequências das perfurações em águas ultraprofundas são ainda desconhecidas e não é possível fazer uma operação nesta escala sem impactar o entorno. De aí, a necessidade de conhecer e entender o fundo do mar antes de iniciar a produção.

Conhecida nos Estados Unidos como Sua Profundeza, um trocadinho com “Sua Alteza” que destaca bem sua paixão e experiência pelo fundo do mar, Sylvia acumula mais de 6.000 horas debaixo d’água. Ela foi também a primeira mulher a comandar um grupo de cientistas que viveu em um módulo da NASA a 15 metros de profundidade, por duas semanas. A entrevista divulgada ontem foi dada em setembro, durante o ciclo de conferências Fronteiras do Pensamento, realizado em Porto Alegre.

FONTE: CaravelasNews.

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