O novo ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella (PRB-RJ), tomou posse na sexta, dia 02/03, admitindo não ter experiência para ocupar o novo cargo na administração pública federal, mas, bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, fez uma prece para que Deus o "qualifique" para o posto. Em seu discurso, pediu também a Deus que não ocorram mais irregularidades em ministérios. Antes de ser empossado, Crivella chegou a afirmar que sequer sabia "colocar uma minhoca no anzol", mas assumiu o compromisso de aumentar a produção do setor no país e organizar a pesca empresarial. Crivella ressaltou que sua gestão buscará cumprir o conjunto de metas estabelecidas pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência para o setor de, até 2022, aumentar a produção anual da aquicultura sustentável em cinco vezes, dobrar o consumo nacional per capita de pescado e gerar mais 1 milhão de empregos na atividade pesqueira.
“Para atingir esses objetivos, vamos precisar de muita pesquisa, vamos precisar da Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária] Pesca e para isso vamos precisar de engenheiros. Temos apenas 1,4 mil engenheiros de pesca no Brasil, talvez aí resida uma das nossas maiores vulnerabilidades e uma questão importante que temos que enfrentar”, destacou. O novo ministro disse que, ao receber o convite para assumir o cargo, ouviu da presidenta Dilma Rousseff o pedido para que trabalhe pelos pescadores artesanais, setor que ainda concentra grande quantidade de pessoas na informalidade.
Crivella é o terceiro ministro que assume a pasta da Pesca em um ano e dois meses de governo da presidenta Dilma Rousseff. Eleito para o segundo mandato de senador pelo estado do Rio de Janeiro, é formado em engenharia civil. Já foi candidato ao governo fluminense e à prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. Sobrinho de Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, Crivella integra a bancada evangélica do Congresso Nacional e é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus. Por dez anos, trabalhou na difusão do trabalho da igreja no Continente Africano. A ida de Crivella para a pasta da Pesca ocorre para incorporar ao governo o PRB, partido que integra a base aliada e que, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esteve representado pelo ex-vice-presidente José Alencar.
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