quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

História sobre a Batalha Naval ocorrida em Abrolhos no ano de 1631

No site História Militar, o historiador, professor e pesquisador especialista em História Militar, Carlos Daróz, destaca do seu livro  "A guerra do açúcar: as invasões holandesas no Brasil" um trecho importante da história sobre uma Batalha Naval ocorrida em Abrolhos no ano de 1631. Leia um trecho abaixo: 

Depois de atingido, galeão espanhol afunda, enquanto a tripulação luta pela sobrevivência/http://darozhistoriamilitar.blogspot.com.br/
No dia 12 de setembro de 1631 duas poderosas esquadras, uma holandesa e outra luso-espanhola, confrontaram-se em águas brasileiras a 80 milhas do arquipélago dos Abrolhos.  Conheça a história desta batalha.

A notícia da vinda dos navios de Oquendo chegou à Pernambuco no dia 19 de agosto, quando um dos cinco iates holandeses, enviados para patrulhar a barra da Baía de Todos os Santos, aportou no Recife.  Após rápidos preparativos, o general Adriaen Pater zarpou com sua esquadra no último dia de agosto, com a intenção de forçar a armada luso-espanhola a se fazer ao mar e combater em uma batalha decisiva.  No entanto, cumprindo as determinações do conselho de guerra e sem saber da partida dos navios holandeses, a armada de D. Antônio de Oquendo deixou o porto de Salvador quase na mesma data, para cumprir a primeira etapa de sua missão e desembarcar as tropas em um local que proporcionasse segurança para a operação, provavelmente o Cabo de Santo Agostinho.

Uma hora antes do pôr do sol do dia 11 de setembro, os vigias holandeses avistaram a esquadra luso-espanhola na altura do arquipélago dos Abrolhos.  A esquadra de D. Antônio de Oquendo seguia bastante reforçada, com 17 galeões, 12 caravelas e 24 navios mercantes – que seguiam carregados de açúcar – totalizando 53 navios.  Embora sua armada possuísse apenas dezesseis navios de guerra, o almirante holandês Adriaen Pater não conseguiu, ao entardecer e à distância, avaliar corretamente o tamanho da frota luso-espanhola e julgou que se tratava de um poder naval equivalente ao seu.  Com efeito, ao cair da noite o comandante neerlandês convocou os capitães dos navios para um conselho de guerra a bordo do navio capitânia Prins Willelm, onde decidiu manter o contato com a esquadra inimiga e dar combate aos navios portugueses e espanhóis na manhã seguinte, atacando-os aos pares.  Johannes de Laet descreveu as providências tomadas por Pater com vistas à preparação do combate para o dia seguinte: 

“No dia 11, o general avistou a frota espanhola uma hora antes do pôr do sol, a sul-sueste e a sueste.  Então o general avisou seus barcos com as bandeiras e também despachou o iate Nieuw Nederlandt, que corria atrás da nau capitânia, para todos os demais navios com instruções para que se preparassem para a ação e para que se mantivessem juntos.  Navegaram de sueste a sul a noite inteira, em noite de lua clara. Assim, ao amanhecer, a frota espanhola estaria posicionada a este-sueste da esquadra.  Os espanhóis tinham a força de 53 navios, até onde se podia contar.  O general Pater, então a um quarto de milha do inimigo, convidou todos os capitães a bordo do seu navio e deu ordens para que acostassem todos os galeões espanhóis dois a dois contava com 16 vasos e iates e estava incorretamente informado sobre a força inimiga, acreditando na existência de apenas oito galeões na frota, e admoestou fortemente cada homem a agir valentemente, pois todo o bem-estar da Companhia e a honra da marinha dependiam disso.”

Para ler o texto completo, clique aqui.

FONTE: História Militar.

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