quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Manchas não estão mais sendo avistadas, mas preocupação e pesquisa continuam

As manchas avistadas no Parque de Abrolhos não foram vistas pelos técnicos que sobrevoaram ontem (12) a região. 

Cláudio Moretti presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra o parque, também sobrevoou a área nesta terça-feira e não encontrou manchas, mas segundo ele, a Mineradora Samarco já foi obrigada a coletar e analisar amostras da água da região de Abrolhos. "Uma vez comprovada a presença e os danos, provavelmente o ICMBio fará autuações e incluiremos essa área na ação judicial pedindo a recuperação da bacia do Rio Doce", explicou Moretti.

No dia 10 técnicos do ICMBio, IBAMA e da Samarco sobrevoaram a região após acompanharem via imagens de satélite, o avanço para o sul da Bahia, da pluma de sedimentos da lama da barragem da Samarco desde que chegou ao Rio Doce, cuja foz é no Espírito Santo. O coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas, do ICMBio, João Carlos Tomé, defende que há "grande possibilidade" das manchas observadas na região de Abrolhos conter sedimentos da lama da barragem da Samarco. 

"Existe grande possibilidade. Visualmente, técnicos que trabalham desde o início acreditam que sim e temos que confirmar quimicamente”, disse João Carlos. Segundo ele, a direção do vento para o norte, que pode ter encaminhado a pluma para a região sul da Bahia, está mudando. "A gente tem observado uma pluma muito superficial e as condições do tempo estão ajudando. A direção do vento voltou ao nordeste, vento normal dessa época. A gente teve corrente do sul atípico, o que poderia ter levado a pluma para o norte", descreveu.

A possibilidade da lama com rejeitos de minério ter chegado a Abrolhos foi anunciada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na quinta (7).  Foram coletadas amostras para analisar a origem dos sedimentos. O coordenador do Tamar diz que o processo de análise está sendo realizado por parceiros do ICMBio, como o projeto Coral Vivo, e laboratórios das universidades do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). A Marinha do Brasil e a empresa responsável pela barragem, a Samarco, também coletaram amostras.

"São análises que servem como impressão digital. Vão fazer comparação com amostras originais do acidente", disse Emiliano Calderon, coordenador de Pesquisas do Projeto Coral Vivo. Calderon aponta que o resultado final da análise deve durar em torno de 40 dias. Porém, de acordo com o coordenador do Tamar, o esforço da entidade é que o conclusão seja em um período mais curto. "Vamos abreviar esse tempo, por conta da urgência", afirma.

FONTE: Com informações do G1. Para ler o texto completo e assitir ao vídeo clique aqui.

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