quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Rejeitos da barragem da Samarco podem ter chegado ao sul da Bahia

Imagem apresentada pelo Ibama da lama chegando ao sul da Bahia
No fim de novembro, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que a lama do desastre causado pela Samarco não deveria chegar a Abrolhos devido a correntes marítimas, mas imagens de satélite e inspeções aéreas apontaram que a mancha de lama que surgiu após o rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG) já pode ter chegado ao arquipélago de Abrolhos, no sul da Bahia, uma das áreas de maior diversidade do Atlântico Sul. 

A presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Marilene Ramos, e o presidente do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), Claudio Maretti, informaram hoje (7), em entrevista coletiva, que estão monitorando uma mancha no oceano que chegou à região sul da Bahia. 

A informação foi confirmada após um sobrevôo com técnicos da Samarco, do ICMBio e da Secretaria de Meio Ambiente de Caravelas, onde foi registrada a presença de lama que, pelo aspecto visual, pela forma que foi avistada nesse sobrevoo, indicou que seja a própria mancha, bastante diluída, que está se estendendo ao longo do litoral do Espírito Santo até Porto Seguro.

Na entrevista coletiva a presidente do Ibama afirmou que devido ao vento, a mancha que estava se espalhando no litoral sul do Espírito Santo também foi para o norte e chegou até a região de Porto Seguro e Abrolhos, na Bahia. Segundo a presidente, a Samarco foi notificada para iniciar a coleta de amostras na região para conhecer a origem da mancha identificada no local. O resultado deve ser conhecido em cerca de dez dias, de acordo com Marilene. 

A presidente do Ibama afirmou que é “muito difícil” prever quanto tempo a mancha de lama levará para se dispersar. Segundo ela, isso depende de fatores como a chuva, a maré e os ventos. “Acredito que vamos conviver com essa mancha por um longo tempo”, disse. 

Por meio de nota, a Empresa Samarco informou que "vem apoiando o acompanhamento do comportamento da pluma de turbidez na região marinha, disponibilizando sistematicamente recursos como aeronaves e imagens de satélite". De acordo com a nota, a empresa disponibilizou aos órgãos ambientais uma aeronave para sobrevoo até a região de Abrolhos para a avaliação da condição de dispersão de sedimentos. A Samarco também informou que o material observado na região sul da Bahia é uma parte diluída da pluma, misturada aos sedimentos da foz do Rio Caravelas e demais sedimentos da região.

FONTE: Com informações daqui, daqui e daqui

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