Software de mapeamento de cenários costeiros também produz informações importantes para planejamento sazonal
Gestores e especialistas em planejamento costeiro e marinho já podem contar com importante ferramenta para a tomada de decisões em relação ao litoral brasileiro. Trata-se do SMC-Brasil, sistema de modelagem desenvolvido por meio de cooperação técnica entre o Brasil e a Espanha.
O SMC-Brasil é um sistema de monitoramento composto por modelo numérico e base de dados que permitem a construção de cenários sobre a dinâmica da linha de praia do País. O sistema produz informações importantes para o planejamento e a qualificação das tomadas de decisões destinadas ao litoral brasileiro.
Especialistas realizaram Curso de capacitação no mês de novembro durante a Jornada de Gerenciamento Costeiro, realizada pelo Ministério do Meio Ambiente, em Brasília. A capacitação, ministrada pela equipe técnica do Instituto de Hidráulica da Universidade de Cantábria, na Espanha, foi coordenada pelo professor Maurício González, que explicou que a ferramenta oferece uma série de modelos que permitem estudar os processos vivenciados na costa como a dinâmica da orla, das correntes, o nível do mar, transporte de sedimentos, além de monitorar e prever erosões, inundações e avaliar o impacto de obras como portos, hotéis.
Impactos na costa
A zona costeira brasileira concentra parte da população do País, com cerca de 45 milhões de habitantes, a maioria reunida nas 16 regiões metropolitanas que se encontram à beira-mar. As dificuldades dessas regiões estão relacionadas ao avanço do mar.
Trata-se de ambientes dinâmicos influenciados diretamente por ondas e correntes marinhas. Tudo isso associado a ações humanas que potencializam os efeitos da erosão, o que requer esforços permanentes para manutenção de seu equilíbrio.
Os problemas vinculados a erosão costeira causam sérios impactos sociais e econômicos, perceptíveis em várias áreas ao longo da costa brasileira.
O Sistema de Modelagem Costeira Brasileiro permite entender e propor soluções para problemas de erosão que ocorrem em quase 40% da costa brasileira, estudar problemas de impacto ambiental, delimitar zonas de domínio público e privado ao longo do litoral permitindo recuperar espaços públicos já ocupados e proteger as populações em áreas de risco.
FONTE: Ministério do Meio Ambiente