quarta-feira, 2 de abril de 2014

Índios Pataxó ocupam Parque Nacional do Descobrimento desde fevereiro


Na manhã do dia 22/02 cerca de 180 indígenas da etnia Pataxó ocuparam a sede administrativa do Parque Nacional do Descobrimento, que fica localizado no município de Prado/BA. As principais reivindicações dos Pataxó, são:

Regularização urgente dos territórios indígenas: Tupinambá do sul da Bahia, Barra Velha, publicação do Relatório Circunstanciado da Terra Indígena Cahy/Pequi (Comexatibá), Arquivamento da PEC 215, que tramita no Congresso Nacional, melhorias do atendimento da saúde, educação, fiscalização no Parque Nacional do Descobrimento.

O grupo denuncia ainda a forte presença de caçadores profissionais dentro do Parque, extração ilegal de madeira nativa, homens que estão garimpando no Rio do Sul, localizado dentro do Parque do Descobrimento, grandes plantações de eucalipto próximas ao Parque do Descobrimento, uso excessivo de agrotóxico nas plantações de eucalipto, café, mamão, sendo que esses agrotóxicos são levados pela água da chuva para os rios e nascentes da região, trazendo sérios prejuízos ao meio ambiente, e as comunidades próximas, “queremos apenas defender nossos direitos territoriais e a natureza, que pede socorro, afirmam as lideranças Indígenas”.

O Chefe do PARNA, Aristides Neto, esteve na delegacia da Polícia Civil do Prado, na manhã do dia 24 registrando boletim de ocorrências. Antes, já havia notificado a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e o Instituto do Meio Ambiente (IBAMA), ambas instituições com sede em Brasília.

O Parque Nacional tem 22.694 hectares e é considerado o maior fragmento de Mata Atlântica no Nordeste, sendo que grande parte da fauna está ameaçada de extinção. Segundo o gestor, os índios reivindicam o posicionamento da União para reconhecimento das terras indígenas. A coordenação regional da Funai informou, através da assessoria de imprensa, que trabalha em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade para a saída pacífica dos indígenas do local.

FONTE: Com informações do site Índios do Nordeste, aqui e do Primeiro Jornal, aqui. 

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