A atividade integrada do Parque
Nacional Marinho dos Abrolhos e das Resex do Cassurubá e de Corumbau, denominda
“Operação Verão”, contou com a participação da Companhia Independente de
Polícia de Proteção Ambiental de Porto Seguro (CIPPA) para coibir ilícitos
ambientais na região destas Unidades de Conservação que abrangem uma área de
mais de 280.000 hectares no extremo sul baiano, incluindo ambientes marinhos, estuarinos
e terrestres.
Equipamentos apreendidos. |
No dia 1 e 2 de fevereiro
uma equipe a bordo da lancha Seap 11 se dirigiu ao Recife das Timbebas e lá
flagrou 2 embarcações exercendo pesca no interior desta parcela do Parque
Nacional. Foram apreendidas diversas armas de caça submarina, petrechos de
pesca e os infratores foram autuados conforme previsto na lei de Crimes
Ambientais.
A operação durou 5 dias e
também foram monitoradas as áreas das Resex, onde o foco principal das ações foi o cumprimento do Acordo de
Pesca (Portaria 179 ICMBio 2013) e também garantir o defeso do carangueijo-uçá
(Ucides cordatus) nos manguezais que
compõem a reserva. Foram desmontados 3 acampamentos usados por coletores para
apanha irregular do carangueijo, bem como realizadas dezenas de abordagens
também de cunho educativo tanto no mar quanto na zona ribeirinha, onde
moradores, beneficiários, pescadores e usuários da RESEX foram orientados com
relação a aspectos da legislação ambiental e normas vigentes.
RECIFE DE TIMBEBAS - O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos possui dois
polígonos: um que protege o arco de recifes a cerca de 70 quilômetros da costa,
englobando o Parcel dos Abrolhos e o Arquipélago dos Abrolhos, e outro, costeiro,
que está localizado em frente aos municípios de Alcobaça e Prado, abrangendo o
Recife de Timbebas. Com uma área de 32,35
milhas náuticas quadradas, o Recife de Timbebas é
protegido tanto por causa de sua riquíssima fauna marinha como pelas grandes
colônias de coral fogo (Mileporas – hidrocorais) de até 3 metros de diâmetro,
endêmicos e raros. Em Timbebas também são encontrados corais negros, que
apresentam uma formação que lembra cipós. A formação do Recife de Timbebas é
resultante do agrupamento de vários chapeirões, unidos e cimentados pelas algas
coralíneas e outros organismos incrustantes que formam colunas que crescem do
fundo até atingirem o nível do mar, como imensos cogumelos com alturas entre 5
e 20 metros que formam extensos labirintos e nesta localidade se juntam
formando grandes recifes que ficam descobertos na maré baixa.
FONTE: ICMBIO.
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