Parque Nacional Marinho dos Abrolhos completa três décadas
Região é considerada a de maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul
Mergulho no Parque Marinho dos Abrolhos (Foto: Divulgação / Parque Nacional Marinho dos Abrolhos)
Todos os anos, milhares de turistas vão a Abrolhos atraídos por seus magníficos corais, pela natureza selvagem de suas ilhas e pelo espetáculo das baleias jubarte que, anualmente, entre os meses de julho e novembro, aproveitam as águas quentes da região para acasalar. Apenas uma das ilhas do parque, a Siriba, é aberta à visitação e possui uma trilha que pode ser feita pelos turistas sob acompanhamento de um monitor ambiental. “O passeio promove contato próximo com as aves marinhas, como por exemplo, os atobás e grazinas, além da contemplação da beleza cênica do arquipélago”, conta Ricardo Jerozolimski, engenheiro florestal e atual chefe do parque. Há também a opção de passeios que duram mais de um dia e, dependendo da condição, é possível conhecer outras ilhas. Nestes passeios, as visitações são embarcadas, ou seja, os turistas fazem suas refeições e pernoite no barco, já que nas ilhas não existe estrutura de hotéis e não é permitido acampar.
Pesquisa em campo com baleia jubarte (Foto: Divulgação / PNM dos Abrolhos)
Por proteger a região de maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul, Abrolhos atrai, também, muitos pesquisadores e estudantes. De acordo com o oceanógrafo e chefe substituto, Marcello Lourenço, cerca de 10 pesquisas científicas são realizadas no parque a cada ano, envolvendo pelo menos 50 pesquisadores de diferentes instituições. Além disso, centenas de estudantes de todo o país visitam o Parque Nacional com suas universidades e escolas. Ana Beatriz Romana, de 22 anos, é bióloga e se formou pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 2008, a jovem visitou o Parque Nacional com um grupo da faculdade, e conta que a experiência foi enriquecedora. “Acompanhar as práticas da professora e dos alunos de mestrado me possibilitou entrar em contato com uma biologia marinha além das paredes da sala de aula. A observação da diversidade do local, o conhecimento de técnicas de campo, e o manuseio de equipamentos fundamentais para conversação das espécies enriqueceu muito a minha formação como bióloga”, garante.
Trabalho desenvolvido no parque é reconhecido
Em 2003, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos foi reconhecido como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) por realizar um trabalho de educação ambiental e desenvolvimento sustentável junto às comunidades dos municípios de entorno.
Programa Professores no Parque (Foto: Divulgação / PNM dos Abrolhos)
A Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional, que defende a conservação e o uso racional de zonas úmidas no mundo, também reconheceu o Parque Nacional Marinho de Abrolhos e com isso, “colocou a unidade de conservação em evidência internacional em relação à importância de sua biodiversidade e sua proteção”, como bem destaca Ricardo Jerozolimski. O chefe do parque espera que este reconhecimento reflita na sensibilização internacional para o não desenvolvimento de atividades econômicas que possam colocar em risco o frágil ambiente da região, como por exemplo, a exploração de petróleo.
Informações turísticas
O turista interessado em visitar Abrolhos deve ir até Caravelas, cidade mais próxima do parque, onde é possível encontrar oficinas de turismo que promovem visitas à unidade de preservação. O parque cobra um ingresso de R$ 27,00 por dia aos visitantes nacionais e R$ 54,00 aos estrangeiros, tarifas normalmente incluídas no preço dos passeios. As principais recomendações são de cuidado com o sol, com a hidratação e o respeito incondicional ao espaço de preservação.
Para mais informações, acesse o site: http://www.icmbio.gov.br/parnaabrolhos/
FONTE: Globo Cidadania.
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