segunda-feira, 2 de abril de 2012

Representantes da Reserva Extrativista do Cassurubá presentes no VII FBEA

Representantes da agricultura familiar e de quatro Reservas Extrativistas (Resex) do estado compareceram ao VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental (VII FBEA) com seus produtos artesanais: a de Canavieiras; a da Bahia do Iguape, em Maragojipe; a de Corumbau, em Porto Seguro e Prado; e a de Cassurubá, que envolve Caravelas e Nova Viçosa.

Ernesto Monteiro é pescador artesanal da Reserva Extrativista de Canavieiras, no sul do estado. Segundo ele, a participação das comunidades tradicionais mostra que o extrativismo contribui para a economia do estado, por meio do material coletado nas marés e na floresta. “A sobra destes produtos é reaproveitada nos artesanatos, como os que estamos expondo. O extrativismo é uma saída para a sustentabilidade ambiental”.

Adriana Silva faz parte da Cooperativa de Coleta Seletiva, Processamento de Plásticos e Proteção Ambiental (Camapet). Eles produzem joias a partir de garrafas pet. “Começamos com uma parceria com a Universidade do Estado da Bahia [Uneb] e com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico [CNPq], por meio de uma incubadora. Passamos seis meses em sala de aula, aprendendo um pouco de design de joias”.

Experiências da Feira Sustentável promovem inclusão social

De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Eugênio Spengler, essas experiências expostas na feira são iniciativas de economias socioambientais voltadas para a sustentabilidade. “Este talvez seja o grande desafio que enfrentamos hoje na área ambiental, que é dar efetividade para que as ações de desenvolvimento sustentável se concretizem em melhoria da qualidade de vida para os setores da sociedade que estão fora do processo produtivo e marginalizados”.

Spengler afirmou que a educação ambiental envolve a lógica da inclusão social, associando iniciativas de produção de alimentos, vestuário, equipamentos e reciclagem, “demonstrando ser fundamental uma mudança no padrão de produção e consumo. Para isso, é necessário que tenhamos políticas efetivas de redução na quantidade dos recursos naturais utilizados na produção de bens e consumo”.

Para o professor da Universidade Estadual do Sudoeste (Uesb) e coordenador da Feira Sustentável da Agricultura Familiar, Miro Conceição, o mais interessante do evento é a presença, pela primeira vez, da agricultura familiar em um fórum de educação ambiental. Os agricultores estão expondo seus produtos e aprendendo o que é a educação ambiental e como ser multiplicadores deste conhecimento.

Transversalidade

“A proposta é incluir, de forma transversal, a educação ambiental na assistência técnica de extensão rural. Aqui, eles estão tendo oficinas e minicursos, onde aprendem a trabalhar temas simples como o lixo, cuidado com as matas e com as nascentes”, afirmou Miro. Além da Uneb e da coordenação do Fórum Brasileiro de Educação Ambiental, a iniciativa envolve a Secretaria da Agricultura do Estado (Seagri), por meio da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e da Superintendência da Agricultura Familiar (Suaf).

FONTE: Ascom Sema-BA

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