quarta-feira, 23 de março de 2016

Fibria apóia a troca de redes de pesca conforme acordo com pescadores da Reserva Extrativista do Cassurubá


Pescadores dos municípios de Alcobaça, Caravelas e Nova Viçosa  já estão recebendo novas redes com medidas adequadas para a pesca na Reserva Extrativista (Resex) de Cassurubá. A substituição dos materiais está sendo realizada com o apoio da Fibria, que repassou recursos às associações representativas do setor de Pesca e acompanha a compra e a troca, em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão gestor desta Unidade de Conservação. 

A previsão é que cerca de 3 mil panos de redes sejam substituídos para atender ao Acordo de Pesca na Reserva Extrativista de Cassurubá (Portaria ICMBio no 179/2013, art. 5o). Além das redes, serão entregues cem kits de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aos pescadores e aos marisqueiros para garantir a sua segurança.

Para acompanhar o andamento do processo de aquisição das redes foi formado um colegiado de líderes, constituído por associações e representantes locais, que realizou várias reuniões com instituições que representam os pescadores. Essas ações fazem parte do Programa de Apoio à Comunidade Pesqueira.

As discussões envolveram: a Fibria, Colônia Z24 (Alcobaça), Colônia Z25 (Caravelas), Colônia Z29 (Nova Viçosa), Associação de Marisqueiras da Tapera Miringaba (AMTM), Associação de Barra de Caravelas, Associação de Marisqueiros(as) Aquicultores(as) e Pescadores(as) de Nova Viçosa (ASMAP), Associação dos Pescadores de Rede de Arrasto, Boeira, Fundo e Arraieira de Caravelas (APESCA), Associação dos Moradores do Bairro Parque Caravelas (AMPAC), Cooperativa das Marisqueiras e Pescadores de Caravelas (Coompescar) e Associação da Barra Velha.

A Resex de Cassurubá tem 100.767 hectares e fica entre os municípios de Alcobaça, Caravelas e Nova Viçosa. A área está localizada no Banco de Abrolhos, local com a maior diversidade marinha do Brasil. As Resex são unidades de conservação de uso sustentável utilizadas por populações tradicionais, cuja subsistência baseia-se na criação de animais de pequeno porte. Tem como principal objetivo proteger os meios de vida e cultura dessa população e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade.

Para saber mais sobre o Acordo de Pesca, veja o que já foi publicado aqui:
http://farolparaabrolhos.blogspot.com.br/2012/05/resex-do-cassuruba-constroi-regras-para.html

http://farolparaabrolhos.blogspot.com.br/2013/04/acordo-de-pesca-da-resex-do-cassuruba.html 

FONTE: Com informações do Informativo Fibria Notícias número 322 de 23/03/16 e da Pauta 6.

sábado, 19 de março de 2016

Programa de Incentivo ao Patrocínio Cultural na Bahia está com inscrições abertas

Estão abertas as inscrições para o Programa Estadual de Incentivo ao Patrocínio Cultural (Fazcultura), para pessoas físicas e jurídicas, com atuação na área cultural na Bahia.

Todas as expressões artístico-culturais e os bens de natureza material e imaterial poderão ser contemplados nos termos do art. 3º da Lei Orgânica da Cultura.

Parceria entre a SecultBA e a Secretaria da Fazenda (Sefaz), o Fazcultura integra o Sistema Estadual de Fomento à Cultura, composto também pelo Fundo de Cultura da Bahia (FCBA), CrediFácil Bahia (em parceria com a Desenbahia) além das linhas especiais de apoio, como os Pontos de Cultura e o Carnaval Ouro Negro.

O objetivo é promover ações de patrocínio cultural por meio de renúncia fiscal, contribuindo para estimular o desenvolvimento cultural da Bahia, ao tempo em que possibilita às empresas patrocinadoras associar sua imagem diretamente às ações culturais que considerem mais adequadas, levando em consideração que esse tipo de patrocínio conta atualmente com um expressivo apoio da opinião pública.

As inscrições devem ser feitas pelo site siic.cultura.ba.gov.br, até o dia 2 de dezembro.

Acesse aqui a legislação, o Guia de Orientação ao Proponente e ao Patrocinador, o Passo a Passo de tramitação e a lista de projetos patrocinados.

Outras informações podem ser obtidas na Central de Atendimento Integrado da SecultBA, de segunda a sexta-feira, das 14h às 17h. Os interessados podem entrar em contato pelo telefone (71) 3103-3489, e-mail atendimento@cultura.ba.gov.br ou presencialmente no endereço: Palácio Rio Branco, Praça Thomé de Souza, s/n, térreo – Centro, CEP: 40.020-010 – Salvador/Bahia.

FONTE: Cultura e Mercado.

quinta-feira, 17 de março de 2016

ICMBio lança nota com posicionamento sobre a questão indígena no sul da Bahia

A Mata Atlântica do sul da Bahia é reconhecida como uma das florestas de maior biodiversidade no mundo, com recorde de diversidade de espécies de árvores por hectare (456) e com, pelo menos, 1.500 espécies endêmicas (só existentes no local) de plantas. Infelizmente, ao longo de séculos, muita devastação ocorreu; e, desta área de importância local, nacional e mundial, pouco sobrou. É uma pena constatar que as poucas áreas de Mata Atlântica conservadas nessa região estão, principalmente, nos parques nacionais e outras unidades de conservação (UC).

Essa área, região dos primeiros contatos entre os europeus e os indígenas, infelizmente também tem um histórico de opressão sobre esses povos originais. Diz a história que essa opressão teve eventos lamentáveis até o século passado, até anos relativamente recentes. Soluções para toda a região são desejadas e necessárias, que promovam melhor desenvolvimento sustentável para a população do sul da Bahia, inclusive proteção dos poucos remanescentes de floresta e outros ecossistemas naturais que ainda existem.

Esse tem sido o esforço do governo federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e de outras políticas públicas governamentais, inclusive relativas aos indígenas. A proteção dos últimos remanescentes de Mata Atlântica (por exemplo, por meio dos parques nacionais, uma categoria de unidade de conservação), a promoção do uso sustentável de recursos costeiros e pesqueiros pelas populações tradicionais (por exemplo, por meio das reservas extrativistas, também unidades de conservação), a promoção do turismo (inclusive por meio das unidades de conservação acima mencionadas) e o reconhecimento de reivindicações dos povos indígenas, entre outros esforços.

O Parque Nacional do Descobrimento está inserido na região da Costa do Descobrimento, declarada Patrimônio Natural Mundial, em 1999, devido ao seu inestimável valor do ponto de vista biológico e da preservação de um dos biomas mais ameaçados do planeta, a Mata Atlântica, portanto, de interesse universal. Esse parque nacional integra também o Mosaico de Áreas Protegidas do Extremo Sul da Bahia e constitui Zona-Núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, representando o maior fragmento remanescente do bioma Mata Atlântica no sul da Bahia, área reconhecida como de excepcional diversidade biológica. Nela, foi registrado um dos maiores números de espécies arbóreas por hectare no mundo (456 espécies), sendo que cerca de 15% delas são consideradas raras, endêmicas (só existem no local) ou ameaçadas. Em relação à fauna, das 389 espécies silvestre existentes no interior do parque, 28 estão ameaçadas de extinção.

Apesar de toda essa relevância ambiental do parque, em específico, e do Extremo Sul da Bahia, no geral, estudos mostram que a região apresenta dados de devastação ambiental ainda mais alarmantes que a média do bioma Mata Atlântica no resto do País. Calcula-se existir na área apenas 6% da cobertura vegetal natural, o que exige medidas permanentes e urgentes de proteção.

No entanto, há ajustes que precisam ser realizados, entre interesses de grupos específicos ou com interesses coletivos. O Parque Nacional do Descobrimento, criado em 1999 com pouco mais de 21 mil hectares, foi ampliado em 2012, para mais de 22,5 mil hectares com objetivo de fortalecer a preservação. Infelizmente, aparentemente por falta de opções, e como parte do seu movimento intitulado de "retomada de terras", houve uma ocupação indígena no Parque Nacional do Descobrimento cerca de 13 anos atrás. Vale registrar que não existe terra indígena oficialmente reconhecida, mas uma reivindicação dessa população tradicional e uma proposta técnica da Funai com sobreposição de apenas 20% com o parque nacional, restando potencial não conflituoso com o parque nacional no restante da área.

Depois de 12 anos de processo judicial, sem contar vários outros esforços de conciliação, a Justiça Federal na Bahia decidiu pela reintegração de posse no Parque Nacional do Descobrimento, há cerca de um ano atrás. Por cerca de 8 meses, em 2015, houve nova tentativa de conciliação. No dia 18 de fevereiro deste ano, a Justiça Federal na Bahia fixou prazo de 30 dias, a contar dessa data, para que seja cumprida ação de reintegração de posse de áreas no interior do Parque Nacional do Descobrimento, em Porto Seguro (BA), ocupadas por indígenas da etnia Pataxó. A decisão foi lavrada pelo juiz federal Guilherme Bacelar Patrício de Assis, da Vara Única de Teixeira de Freitas (BA), no âmbito do processo n° 0002664-66.2015.4.01.3313, que trata da reintegração de posse dessas áreas, invadidas em 2003, quatro anos após a criação do parque, em abril de 1999. 

Diante desse fato, o ICMBio, autarquia do Ministério do Meio Ambiente, responsável pela administração das unidades de conservação federais, em especial o Parque Nacional do Descobrimento, vem desenvolvendo todos os esforços para garantir que o cumprimento da decisão judicial seja feito de forma responsável, pacífica e em benefício de todos, notadamente a conservação da natureza, inclusive com os interesses indígenas. Nesse sentido, o Instituto vem empreendendo contatos com os índios, representados pela Federação Indígena das Nações Pataxós e Tupinambás do Extremo Sul da Bahia (Finpat), com que se reuniu em Brasília no dia 26 de fevereiro, e com instituições governamentais e até não governamentais, envolvidas com a questão, buscando uma estratégia integrada e articulada, para que a execução da ação judicial represente início de nova época de bom relacionamento.

Ao ICMBio não compete definir quem é povo indígena e onde é terra indígena, mas sim a conservação da biodiversidade, defesa e gestão das unidades de conservação, no cumprimento da lei. O Instituto reconhece que os povos indígenas são aliados da conservação e que as terras indígenas, juntamente com unidades de conservação, são áreas protegidas. Ambas, portanto, devem compor uma estratégia integrada para a conservação dos recursos naturais e promoção da diversidade social e biológica regional e nacional. O ICMBio gostaria de ter os povos pataxós como bons vizinhos.

Dessa forma, atendendo à lei e cumprindo suas obrigações em defesa da biodiversidade e das unidades de conservação, mas em respeito aos direitos humanos, em especial dos indígenas, o ICMBio vem propondo não promover instalações, contratos ou ações no Parque Nacional do Descobrimento que venham a impedir o eventual reconhecimento oficial de terra indígena na área proposta, além de se engajar em propostas internas, regionais ou conjuntas, em prol do desenvolvimento sustentável, inclusive o turismo de base comunitária com a participação dos indígenas, e da recuperação florestal.

FONTE: Comunicação ICMBio, disponivel também aqui.

Pesquisa mostra que quase um terço do estoque global de peixes está sobre explorado

Quase um terço do estoque global de peixes está sobre explorado pela pesca, segundo dados preliminares divulgados no Índice de Performance Ambiental (EPI). Desse total, entre 7 e 13% entrou em grave declínio. Os números são parte da iniciativa de pesquisa Sea Around Us (SAU), da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, que se propôs a fazer uma reconstrução tão apurada quanto possível dos dados de pesca desde 1950 até 2010.

A proposta atende à urgência por melhores informações sobre a exploração dos oceanos nas últimas décadas, que permitam verificar o que aconteceu com os estoques de peixes ao longo desses 66 anos. A comparação é vital para analisar o grau do impacto causado pela pesca, traçar planos de gestão sustentável mais eficientes e conter futuras extinções ou colapsos de espécies super exploradas.

A pesquisa  constatou que os relatórios fornecidos pelos países eram na maioria incompletos, pois ignoravam dados de pequenos pesqueiros e de parte das operações comerciais. A nova estimativa feita pela Sea Around Us levanta não apenas estes números, mas também contabiliza peixes descartados antes dos barcos retornarem, a chamada pesca acidental. De acordo com o Índice de Performance Ambiental, nos Estados Unidos o descarte alcança 17% do total pescado, número alto e quase sempre ausente nas estatísticas.

Para ler o texto completo, clique aqui.

FONTE: Texto de Duda Menegassi para O Eco. 


terça-feira, 15 de março de 2016

Seis aldeias Pataxó podem sofrer despejo ainda esta semana

Seis aldeias do povo Pataxó do Extremo Sul da Bahia podem sofrer uma reintegração de posse entre os dias 14 e 18 de março.  A ação movida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão ambiental do governo brasileiro, visa a retirar os indígenas de dentro de parte do Parque Nacional do Descobrimento. O parque incide sobre a Terra Indígena (TI) Comexatibá, já identificada e delimitada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) como terra tradicional do povo Pataxó. A TI engloba as aldeias Monte Dourado, Alegria Nova, Cahy, Gurita, Tibá e Pequi.

A TI Comexatibá fica no distrito de Cumuruxatiba, município de Prado (BA) e teve seu Relatório Circunstanciado publicado pela Funai no dia 27 de julho de 2015. Nesta data, 28 mil hectares foram identificados e delimitados como pertencentes ao território tradicional dos Pataxó, e o passo seguinte – ainda aguardado – deve ser a publicação da Portaria Declaratória do Ministério da Justiça, para então ser feita a homologação e regularização do território.

Conflito com órgão ambiental

O ICMBio considera que os indígenas pressionam os recursos naturais do Parque Nacional do Descobrimento e colocam em risco a conservação da biodiversidade na área, em função de práticas culturais tradicionais como a extração de materiais para o artesanato e a alimentação, a caça e a agricultura de subsistência.

Delegação em Brasília

Em fevereiro, os povos Pataxó e Tupinambá do extremo sul da Bahia estiveram em Brasília, lutando por seus direitos. Além de realizar uma marcha na Esplanada dos Ministérios, os indígenas realizaram uma série de reuniões com órgãos do governo para reivindicar a demarcação de seus territórios e o acesso a direitos básicos como saúde e saneamento. Na ocasião, buscaram também o diálogo com o Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de resolver o conflito com o ICMBio. Na primeira semana de março haveria uma reunião com os indígenas na Casa Civil para tratar do tema, mas ela acabou sendo cancelada.

Gestão compartilhada é recomendação do MPF

Na vinda a Brasília, os indígenas também protocolaram denúncia junto a diversos órgãos públicos e governamentais, onde denunciam a pouca fiscalização do ICMBio quanto às violações que acontecem na área de conservação e a falta de diálogo com os indígenas.

Em agosto de 2015, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou uma ação civil pública na qual exigia celeridade do governo federal para concluir a demarcação da TI Comexatibá.

Na peça, o MPF afirma que a morosidade do Poder Público para concluir a demarcação e dos órgãos do governo em encontrar solução para o impasse “tem contribuído para a proliferação dos conflitos na região do extremo sul da Bahia”.

O MPF aponta que a melhor solução para o conflito referente ao Parque Nacional do Descobrimento é a criação de um Plano de Administração Conjunta pois os povos indígenas “compartilham a constatação de que a sua continuidade como povo está a depender também da integridade ambiental das terras ocupadas, a qual constitui critério fundamental para a definição de saúde, dignidade e bem-estar de seus membros”.

A decisão de reintegração de posse que dever ser cumprida na semana que vem contra os Pataxó foi tomada em 18 de novembro de 2015 pelo Juiz Federal Alex Schramm de Rocha, da Subseção do Tribunal Regional Federal da Primeira Região de Eunápolis (BA).

Até o momento, a Funai - que é representada judicialmente pela Advocacia-Geral da União, responsável por representar também o ICMBio - ainda não ingressou com ação judicial para suspender a liminar de reintegração de posse contra os indígenas, de maneira que o prazo segue oficialmente correndo.



FONTE: Conselho Missionário Indígena. O texto completo está aqui.

Programa Expedições da TV Brasil traz episódio inédito sobre as Baleias Jubarte em Abrolhos


O Programa Expedições vai ao ar hoje (15) às 19h na TV Brasil trazendo um episódio inédito e emocionante sobre o encontro com as Baleias Jubarte no Arquipélago de Abrolhos. O Programa tem reapresentação no sábado às 16 horas.

Também é possível assistir online por aqui: http://tvbrasil.ebc.com.br/expedicoes

FONTE: Expedições/TV Brasil.

quarta-feira, 9 de março de 2016

Ministério Público da Bahia e Polícia Federal deflagram operação em Medeiros Neto para apurar fraude na aplicação de verbas do Fundeb

Pelo menos 30 policiais em nove viaturas realizaram buscas na sede da prefeitura e em casas de pessoas ligadas a administração, ao todo foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão e quatro conduções coercitivas. A operação resultou em duas prisões preventivas e na decretação de indisponibilidade de bens contra todos os envolvidos no esquema que desviava verbas do Fundeb.

O Ministério Público Federal (MPF) em Teixeira de Freitas/BA e a Polícia Federal (PF) deflagraram na manhã do dia 8 de março a operação Hera, contra uma organização criminosa que agia dentro da Prefeitura de Medeiros Neto. Segundo as investigações, agentes públicos do município são suspeitos dos crimes de falsidade ideológica, peculato, emprego irregular de rendas ou verbas públicas e corrupção passiva.

De acordo com o MPF, os seis investigados teriam desviado recursos oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) em proveito próprio. O esquema criminoso era executado com a inserção de dados falsos, como acréscimos salariais e gratificações ilegais, nos contracheques de servidores públicos municipais, escolhidos aleatoriamente. Após a compensação dos valores, estes servidores eram obrigados a devolver os acréscimos ilegalmente recebidos à Secretaria Municipal de Educação.

FONTE: Assessoria de Comunicação do Ministério Público Federal na Bahia.

segunda-feira, 7 de março de 2016

"Manual de Ecossistemas Marinhos e Costeiros para Educadores - Rede BIOMAR" disponível para download.

Clique para baixar.

Secretário de Turismo da Bahia visita Caravelas e conhece Parnam Abrolhos

Foto Sulbahianews/ASCOM
O secretário do Turismo da Bahia, Nelson Pelegrino, esteve em Caravelas no dia 4/03 junto com uma de trabalho de instituições publicas e privadas do Trade Turístico da Costa das Baleias, em uma ação da ASHONOVI (Associação Hoteleira de Nova Viçosa).

O secretário aproveitou o momento para realizar um vôo panorâmico da costa marítima onde fica situado o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos. Questionado sobre a reativação do Aeroporto de Caravelas, Nelson Pelegrino respondeu que para iniciar o funcionamento das rotas comerciais o Governo Estadual aguarda a homologação por parte do Governo Federal, e indicou que Licitações serão feitas para a seleção da empresa privada que ficará responsável pela gestão do aeroporto, que  segundo o Secretário, pode até ser a mesma que opera o aeroporto de Teixeira de Freitas.

Pelegrino reafirmou seu compromisso de dar atenção especial a Costa das Baleias, “pelas belas praias, seus atrativos naturais, e afirmou que "o Aeroporto de Caravelas é a ferramenta principal para alavancar o potencial turístico dessa região”, disse ele aos demais participantes do encontro que aconteceu no aeroporto das Conchas em Caravelas e reuniu, Fernando Ferrero Superintendente de Desenvolvimento do Turismo do Estado da Bahia, Marvio Lavor Mendes Prefeito do Município de Nova Viçosa, Célio Oliveira Vice prefeito de Nova Viçosa, Lu Araujo Presidente da Ashovoni, Wander presidente do Conselho de Turismo da Costa das Baleias, Valdete Secretaria de Turismo de Mucuri,  Gildemarcio Secretário de Turismo e Desenvolvimento de Teixeira de Freitas , Uderlei Palumbo Secretário ACNV, Lara Marquez Secretária da Ashonovi, Aristotoles Secretario de Turismo de Caravelas, Carla Beatriz Secretária de Meio Ambiente de Nova Viçosa, Alex Brito, Coordenador Regional do SEBRAE, entre outros. 

Em seguida Pelegrino e comitiva dirigiram-se até Píer de Caravelas de onde embarcaram no Catamarã da operadora de Turismo Horizonte Aberto para conhecer o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos. Em Abrolhos o grupo foi recepcionado pela equipe do Parnam, mergulharam e fizeram uma caminhada orientada pela Trilha da Ilha Siriba.

sexta-feira, 4 de março de 2016

Primeira mulher escolhida para ocupar o cargo de chefe do Ministério Público da Bahia já atuou em Caravelas

A promotora de Justiça Ediene Santos Lousado foi escolhida no dia 03/03 pelo governador Rui Costa para chefiar o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) nos próximos dois anos. Ediene Lousado é a primeira mulher escolhida para ocupar o cargo e substituirá o atual procurador-geral de Justiça Márcio Fahel, que comandou o MP-BA nos últimos dois anos.

Natural de Santa Terezinha, a nova chefe do MP-BA tem 48 anos e ingressou na Instituição em 1993. Atuou nas Promotorias de Justiça de Bom Jesus da Lapa, Itiúba, Caravelas, Ilhéus e Barreiras. Foi promovida para Salvador em 2009, onde atuou na Vara de Tóxicos. Coordenou a Promotoria de Justiça Regional de Barreiras, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Crimonosas (Gaeco) e ocupava o cargo de secretária-geral do MP-BA.

FONTE: G1.

ICMBio faz homenagem ao Dia Mundial da Vida Selvagem mostrando como acontece o voluntariado no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos

Sirleide Santana é estudante de Biologia na Universidade do Estado da Bahia em Teixeira de Freitas e já está no terceiro ano de voluntariado no Parnam Abrolhos. (Foto: Paulo de Araújo/MMA)
Voluntariado é uma atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública ou privada sem fins lucrativos, movida pelo sentimento de solidariedade e pelo desejo de novos conhecimentos, competências e habilidades. No caso dos voluntários nas unidades de conservação (UCs) do Brasil, a motivação vem também do amor pela natureza e da vontade de colaborar com a preservação do meio ambiente. Atualmente, 96 UCs estão cadastradas no programa de voluntariado do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A frase “Deixe apenas a sua pegada, leve somente fotos” é um bom mote para esse movimento.

No Brasil, o trabalho voluntário foi criado pela Lei 9.608/98 e regulamentado, no ICMBio, pela Instrução Normativa número 3/2009. Hoje, cada Unidade de Conservação é responsável pela divulgação do próprio programa de voluntariado. A ideia, porém, segundo a chefe da Divisão de Monitoramento e Informações do ICMBio, Kelly Borges, é que, no futuro, o Instituto passe a centralizar os dados sobre voluntariado nas UCs. Conheça a seguir algumas experiências e se inspire!

Parque Nacional Marinho dos Abrolhos

O Parque Nacional (PN) Marinho de Abrolhos oferece vagas para voluntários em terra, no centro de visitantes, e no arquipélago. “Recebemos pessoas do Brasil inteiro, estudantes e profissionais de meio ambiente e vida marinha”, conta o chefe do PN de Abrolhos, Ricardo Jerozolimski.

Os voluntários recebem o deslocamento de Caravelas e alojamento na ilha Santa Bárbara. Eles têm a oportunidade de participar da rotina do parque em meio a uma natureza exuberante, acompanhar a recepção dos visitantes e caminhadas monitoradas pela ilha Siriba, além de apoiar o trabalho de pesquisadores. No alojamento coletivo, os voluntários dividem todos os afazeres, desde a limpeza à cozinha e arrumação.

Sirleide Santana Rocha é estudante de Biologia na Universidade do Estado da Bahia em Teixeira de Freitas, formada técnica de controle ambiental e já está no terceiro ano de voluntariado. Na primeira vez, trabalhou no centro de visitantes da sede do PN dos Abrolhos em Caravelas (BA), recebendo os turistas e explicando particularidades do arquipélago. “É um lugar muito aberto para quem quer aprender”, diz.

Depois de um mês ali, ela e outros voluntários receberam uma surpresa gratificante: cinco dias no arquipélago. Na segunda temporada de voluntariado, Sirleide ficou quatro meses na sede e uma semana na ilha. Na terceira, foram 39 dias ilhada. “Foi fantástico”, conta com entusiasmo. “Presenciei as desovas das tartarugas, aprendi a identificar alguns corais e acompanhei a chegada dos turistas. Tive contato direto com o que vejo na teoria”.

Sobre o voluntariado, ela diz: “Me identifico com esse trabalho e é muito bom saber que estou contribuindo de alguma forma. Além de tudo, o trabalho voluntário serviu para me dar um norte na área que quero seguir. Agora sei que minha mochila tem que ser aquática”.

Em 2015, passaram 40 voluntários pelo PN de Abrolhos. Interessados devem entrar em contato pelo email voluntariado.abrolhos@icmbio.gov.br.

FONTE: ICMBio, texto completo disponível também aqui


Privatização das praias brasileiras acontece de maneira cada vez mais acelerada, conheça o caso de Porto Seguro

Sob as vistas grossas dos poderes locais e Judiciário, condomínios e comércios barram lazer de quem não tem propriedade ou poder de consumo

Passou o carnaval, o verão vai terminando e com ele o frenesi dos brasileiros com nosso imenso litoral. Existe alguém que não gosta de passar férias de verão na praia, mergulhar no mar, caminhar pela areia, olhar o horizonte sem fim? No entanto, apesar de termos praias lindíssimas, e de TODAS serem, por definição, públicas, nem sempre é possível desfrutar desta paisagem tão especial… às vezes não conseguimos sequer enxergá-la.

Percorrendo nosso litoral, é cada vez mais comum que, de repente, a paisagem seja interrompida por muros altíssimos protegendo condomínios privados que bloqueiam a entrada para a praia e a visão do mar. Em algumas situações, as casas avançam com muros de contenção sobre a areia, e, com o avanço das marés, literalmente, eliminam a praia.

Quando não são os condomínios residenciais, são “barracas de praia” que se transformaram em verdadeiros complexos de lazer à beira-mar, em cima da areia, bloqueando e privatizando o usufruto da praia. Um exemplo impressionante é o de Porto Seguro, na Bahia. Quem passa pela estrada que liga esta cidade a Santa Cruz de Cabrália percorre uma série de empreendimentos gigantescos que incluem restaurantes, espaços para shows, playgrounds etc., e que impedem os pobres mortais de simplesmente ver ou mergulhar no belíssimo mar azul turquesa da cidade…

Isso é cada vez mais frequente… Mas é permitido? Não! De acordo com a Constituição Federal, as praias são bens da União. Além disso, a Lei 7.661/1988, que regula o uso da costa marítima do nosso país, determina claramente, em seu Artigo 10, que “As praias são bens públicos de uso comum do povo, sendo assegurado, sempre, livre e franco acesso a elas e ao mar, em qualquer direção e sentido, ressalvados os trechos considerados de interesse de segurança nacional ou incluídos em áreas protegidas por legislação específica.”

Então, se a legislação não permite que a praia – pública – seja ocupada por esses empreendimentos, como é possível que estes existam há tanto tempo e continuem se multiplicando? No caso de Porto Seguro, como em muitas outras situações de privatização de praias, é a irresolução jurídica, ou seja, os processos que se estendem indefinidamente numa teia de recursos, agravos e táticas protelatórias, que mantém flagrante ilegalidade, garantindo os benefícios dos usurpadores.

Órgãos públicos como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), assim como promotores de vários ministérios públicos do país, ao tentar mandar abrir condomínios, derrubar muros e barracas, enfrentam o enorme poder político local e sua incidência sobre o poder jurídico, em benefício dos que desejam manter a situação como está, contrariando o interesse público.

Em Porto Seguro, por exemplo, no início da década de 2000, o Iphan emitiu ordens administrativas determinando a retirada das barracas que ocupam o litoral Norte da cidade, ou seja, as que estão à direita da estrada paralela ao mar, literalmente sobre a areia. Como não foram cumpridas, a questão foi judicializada: o Iphan recorreu à Justiça solicitando que esta ordenasse a retirada das barracas. Passados mais de dez anos, pouquíssimas ordens judiciais foram emitidas (menos de 10 barracas foram removidas, entre dezenas existentes) e, na maioria dos casos, os processos circulam nas diversas instâncias, com recursos e mais recursos…

O fato é que os donos destes empreendimentos são agentes locais poderosíssimos, que participam da direção política da cidade, ocupam cargos altos no Executivo e no Legislativo, têm laços estreitos com juízes e promotores…

Enquanto isso, as barracas continuam firmes e a praia segue privatizada… E quem aprecia a tranquilidade e a amplidão da paisagem do mar vai ter que buscar isso em lugares cada vez mais raros e longínquos…

FONTE: Texto de Raquel Rolnik, disponível também aqui.

Resgate da língua africana usada na Bahia nos anos 40 vai virar livro e CD

Um cuidado histórico singular praticado nos anos 40, quando, através de recursos tecnológicos da época, gravaram os diálogos e cânticos dos rituais do Candomblé na Bahia, nos anos 40, possibilitou um estudo maior do universo linguístico. O acervo vai ser transformado em livro e CDs para que sirvam de estudo para a posteridade. Saiba mais.

Xavier Vatin não imaginava o que poderia encontrar no acervo de gravações antropológicas da Universidade de Indiana (Estados Unidos), um dos maiores do mundo, quando resolveu fazer pós-doutorado na instituição.

Em sua pesquisa, o professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) se deparou com um tesouro desconhecido pelos brasileiros: 52 horas de gravações feitas pelo linguista norte-americano Lorenzo Turner entre 1940 e 1941, em sua passagem pela Bahia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sergipe e Mato Grosso.

"Eu não conhecia Lorenzo Turner, um neto de escravos da Carolina do Norte, o primeiro linguista a se formar em Havard e a mostrar que existiam línguas crioulas no país. Ele tem uma história de família incrível: em duas gerações foi da escravidão à excelência acadêmica".

A pesquisa de Vatin recentemente ganhou repercussão nacional por conta da descoberta de uma gravação rara que reproduz a voz do poeta Mário de Andrade (1893 - 1945), inexistente no Brasil (ver notícia aqui).

Na época, a tecnologia era cara e literalmente pesada: os equipamentos e discos de alumínio que guardavam as gravações totalizavam cerca de 250 quilos, um obstáculo a mais para quem viajava em navio a vapor.

Expedição Bahia

No entanto, o que desperta o interesse do etnomusicólogo são as 17 horas gravadas por Turner em terreiros de candomblé baianos durante sete meses, nos quais registrou filhos e filhas de santo e sacerdotes como Martiniano Eliseu do Bonfim, Manoel Falefá, Mãe Menininha do Gantois e o jovem Joãozinho da Gomeia.

"Cada minuto é muito precioso. A primeira coisa que eu ouvi foi uma gravação de Mãe Menininha, aos 35 anos, isso me fez chorar. São centenas de cantigas e rezas, além de ritos funerários gravados em diversos terreiros de Salvador, Cachoeira, São Félix, Santo Amaro. O precioso para o povo de santo é que muitas dessas canções e rezas se perderam", explica.

Vatin percorreu 5.000 quilômetros nos Estados Unidos para reunir também as fotografias e anotações de Turner feitas na expedição baiana.

O repatriamento do material vai dar origem a um CD duplo que será restituído aos terreiros, um livro e uma exposição fotográfica, cuja estreia está marcada para julho, no Museu Afro Brasil, em São Paulo.

"O que acho extraordinário, tanto na fotografia, como nas gravações sonoras, é que Turner traz literalmente a presença dessas pessoas. Talvez por ser negro, ele deu voz ao povo de santo como ninguém fez", defende o estudioso da musicalidade do candomblé.

Segundo Vatin, Turner foi pioneiro na década em que a Bahia se tornou referência para os estudos sobre a diáspora africana, antecedendo antropólogos como Pierre Verger, que aportou aqui em 1946.

Entre 1937 e 1946, importantes pesquisadores seguiram os vestígios quase que intactos de elementos africanos no estado. "Neste período, a Bahia foi laboratório de pesquisadores da cultura negra como Ruth Landers, Verger, Melville Herskovits, Roger Bastide, Edson Carneiro, Arthur Ramos. O trabalho de Turner ficou 72 anos esquecido. Se esse homem não fosse negro, com certeza seria muito mais conhecido", opina o francês radicado na Bahia há 23 anos.

Turner pesquisava as línguas crioulas faladas no Sul dos EUA por descendentes de escravos africanos e foi atraído pela Bahia depois de saber que nos terreiros daqui as pessoas falavam fluentemente iorubá, kibungo e fon, entre outras línguas.

"Essas gravações são os únicos documentos que a gente tem que comprovam que na década de 1940 as línguas africanas eram ainda faladas dentro dos terreiros. Além de uma mina de ouro para o povo de santo, esse material mostra que há muito tempo vem pessoas do mundo inteiro aqui para pesquisar essa cultura. Este trabalho é uma forma de reforçar a legitimidade da cultura afrobrasileira através da tradição do candomblé". 

Ouça aqui algumas das gravações históricas:



A voz de Mario de Andrade:


FONTE: Texto de Verena Paranhos para A Tarde/Salvador,BA, disponível também aqui

quinta-feira, 3 de março de 2016

Informativo do Coral Vivo fala sobre a possibilidade da lama chegar no Banco dos Abrolhos

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Sebrae lança programa de fomento ao turismo em Porto Seguro

Os empreendedores do turismo em Porto Seguro, Arraial D’Ajuda, Trancoso, Caraíva, Coroa Vermelha e Santa Cruz Cabrália terão uma agenda estratégica de ações para fortalecer o setor. Esse é o intuito do Programa Lidera Turismo, que será lançado no dia 4 de março, às 18h, no Porto Seguro Eco Resort, em Porto Seguro.

Na ocasião, os empresários poderão conhecer as ações e como participar do programa, desenvolvido pelo Sebrae em parceria com o Ministério do Turismo. A ideia é que, com bases sustentáveis e estimulando ações de desenvolvimento local e regional, o programa proporcione a construção de um ambiente favorável ao fortalecimento da cadeia produtiva do setor. O evento é voltado para as lideranças do turismo público e privado, como associações, entidades, órgãos públicos e empresários.

No lançamento serão apresentados também cases de sucesso internacionais, além da palestra com o tema "Inspirações mundiais de boas práticas na gestão do turismo”, ministrada por Pere Muñoz, responsável pelos Projetos Estratégicos da Fundação Barcelona Media, um dos principais centros mundiais de inovação, no âmbito da comunicação, cultura e turismo.

O gerente regional do Sebrae Teixeira de Freitas, Alex Brito, destaca a importância da iniciativa como um estímulo ao desenvolvimento dos negócios. "Só podemos crescer se nos atualizarmos. O evento vai explanar e discutir ações e estratégias do programa para fomentar o setor”.

Os interessados em participar podem confirmar a presença gratuitamente no Sebrae, nos telefones (73) 3288-1564 / 98108-4296 / 99981-0989 ou pelo e-mail taisa.cancela@ba.sebrae.com.br.

FONTE: Sebrae Teixeira de Freitas, o texto está disponível também aqui

Prefeito de Caravelas recebe multa por irregularidades na licitação do serviço de limpeza urbana nos exercícios de 2013 e 2014

No dia 01/03 o Tribunal de Contas dos Municípios julgou procedentes dois termos de ocorrência lavrados contra o prefeito de Caravelas, Jadson Silva Ruas, ambos por irregularidades cometidas nos processos licitatórios realizados para contratação de serviço de limpeza urbana nos exercícios de 2013 e 2014, envolvendo recursos no expressivo montante de R$4.444.512,06. O gestor foi multado em R$16 mil. Ainda cabe recurso da decisão.

Para ler a matéria completa, clique aqui.

FONTE: Site Bahia Extremo Sul.