sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Resultados da Reunião do Conselho Consultivo do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos

Estiveram presentes hoje de manhã no Centro de Visitantes do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, um grupo representativo das instituições e organizações que atuam na região de Caravelas, entre eles a Colônia de Pescadores Z 25, o Jornal Comunitário O Samburá, o Instituto Baleia Jubarte, o grupo Patrulha Ecológica, a Fundação Professor Benedito Ralile, as organizações ambientalistas Conservação Internacional, ECOMAR, representante da Marinha do Brasil, da Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia, o gestor da RESEX do Cassurubá e o Secretário de Turismo e Esportes de Caravelas.

Alguns pontos de pauta receberam ênfase, como a implementação dos Painéis de Gestão à Vista do Parque, uma ação que faz parte do processo de planejamento estratégico do ICMBIO/MMA. Como apresentado pelo gestor do Parque, a Gestão à Vista é uma ferramenta que possibilita que os principais indicadores, como também suas metas, sejam divulgados. Nos painéis produzidos e atualizados mensalmente, os dados de gestão, expressos na forma de gráficos, facilitam a compreensão da equipe e dos usuários, dando mais transparência à gestão, além de facilitarem a correção rápida de possíveis falhas ou lacunas.

O grupo presente fez uma avaliação positiva também das atividades de Educação Ambiental já desenvolvidas neste ano de 2011, como o Programa Professores no Parque, que este ano atendeu a 52 professores de vários municípios da região e que aglutinou os diversos parceiros presentes tanto em sua fase presencial quanto no acompanhamento dos projetos desenvolvidos. Outra atividade que chamou a atenção foi a comemoração do Aniversário do ICMBIO, uma proposta da equipe de monitores do Parque que mobilizou durante 3 dias as escolas públicas de Caravelas, da comunidade da Barra e do distrito de Ponta de Areia, e além de fortalecerem o nome do ICMBIO, deram oportunidade para vários dos parceiros e colaboradores divulgarem seus trabalhos.

Também foram discutidos temas como as pesquisas científicas realizadas, em andamento e previstas, as propostas de celebração de parcerias e termos de reciprocidade, o andamento do processo de autorização de atividades de uso público e a localização de novos naufrágios na área do Parque, culminando com a proposta de revisão do Conselho Consultivo, que foi criado em 2002 e precisa ser atualizado, aglutinando novas instituições.  

A reunião transcorreu com muita tranquilidade e na avaliação do gestor da Unidade, Ricardo Jerozolimski, isto demonstra o grande potencial que são as parcerias do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos com as organizações e outras instituições públicas e privadas que atuam na região e que tem interesse em somar esforços para alcançar os objetivos específicos desta Unidade de Conservação.

Vejam algumas fotos:








Resultados da Reunião do COMTUR

No dia 27 os conselheiros e convidados do Conselho de Turismo de Caravelas estiveram presentes na Secretaria Municipal de Turismo e Esportes de Caravelas para mais uma reunião. Entre os temas debatidos, recebeu destaque as discussões sobre as parcerias e visibilidade que vem sendo dada para  incentivar a retomada do turismo em Caravelas na gestão do Secretário Fábio Negrão e também o planejamento da agenda de eventos, com foco na Semana da Baleia que deve acontecer na segunda quinzena de novembro deste ano e nas atividades de verão, como passeio ciclístico e torneios de futebol na Praia do Grauçá. Vejam algumas imagens:





quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Amanhã tem Reunião do Conselho Consultivo do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos


O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/ICMBIO, convida as Instituições Conselheiras e outros interessados para participar da próxima Reunião do Conselho Consultivo do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, a ser realizada amanhã (30/09), no Centro de Visitantes do PNM, em Caravelas.

Na pauta estão temas como as pesquisas científicas realizadas e previstas ainda para este ano de 2011, propostas de celebração de parcerias e termos de reciprocidade, adequação da sede admistrativa, andamento do processo de autorização das atividades de uso público, entre diversos outros.

Horário: 08:30 às 12:00
Local: Centro de Visitantes do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, Praia do Kitongo, Caravelas - BA

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Um dos cenários do descobrimento do Brasil, paraíso está ameaçado

O repórter Thiago Guimarães, do Portal IG produziu também um texto sobre os problemas que nossa região enfrenta, e chama atenção tanto para as disputas entre sem-terra, índios, empresários europeus e brasileiros e conflitos entre governos, quanto pelos conflitos ambientais da exploração de petróleo na região do Banco dos Abrolhos. Vejam:


Um dos cenários do descobrimento do Brasil, paraíso está ameaçado

Disputa entre sem-terra, índios, empresários europeus e brasileiros e conflitos entre governos provocam caos na Costa das Baleias


Thiago Guimarães, iG Bahia

Conflitos fundiários, ambientais e políticos travam o desenvolvimento da região da Costa das Baleias, ainda um paraíso natural no extremo sul da Bahia. São, em suma, disputas por terra e recursos naturais, que expõem interesses econômicos divergentes e falta de entendimento entre órgãos públicos.


Foto: João Ramos/Bahiatursa
O jornalista italiano Carlo Casarsa, secretário de Turismo de Prado e amigo de Zico e Amoroso

Quem renova a história de conflitos na terra do descobrimento do Brasil são produtores rurais, assentados da reforma agrária, índios, políticos, servidores públicos, empresários locais e estrangeiros. Em um cenário de 200 km de praias, rios e mangues e que tem na privilegiada observação de baleias jubarte sua principal atração turística.

Na entrada de Prado, município de 27 mil habitantes e pólo da rota turística, o Palácio do Turismo está cercado por tapumes. A obra de R$ 1 milhão, que deveria reunir auditório, informações e comércio na antiga sede da prefeitura, tinha previsão de conclusão para o final de 2010, mas pouco avançou. O município diz que a União só liberou a primeira parcela – R$ 200 mil – dos recursos. Indício das dificuldades do turismo na cidade, que reúne 100 mil pessoas no verão e ainda busca alternativas para a baixa temporada.

Os lucros do turismo também parecem não alcançar a maior parte da população. “Em Prado ou você é servidor público ou pescador, porque boa parte do comércio é familiar e emprega pouco”, diz o promotor de Justiça Wallace Carvalho. O avanço da cultura do eucalipto na região desde os anos 80, incentivado pelo regime militar, reduziu o emprego rural e deslocou populações empobrecidas para áreas urbanas.

Empresários europeus mantêm negócios - terras, hotéis, condomínios, restaurantes - e são atores políticos importantes em Prado. “Falta integrar a população local ao desenvolvimento”, diz em português carregado de sotaque o italiano Carlo Casarsa, 59 anos, secretário de Turismo do prefeito Jonga Amaral (PCdoB) e jornalista esportivo conhecido em seu País – é amigo de jogadores brasileiros que por passaram por lá, como Zico e Amoroso. Em 1990, chegou a organizar em Udine, sua cidade natal, um amistoso entre a Seleção Brasileira e um combinado do resto do mundo. Atuou em campanhas políticas na Itália - como para o primeiro-ministro Silvio Berlusconi - e mantém um hotel-restaurante na cidade.


Aqui não vivemos em paz. Há uma vontade política de desestabilização, e estão ‘produzindo’ índios”, diz Casarsa
Há 20 anos na região e já com “baianês” no sotaque, o também italiano Enrico Pelletti, 50 anos, articulou prefeitos e reuniu-se com funcionários do ministério do Turismo no lobby pela reforma do aeroporto de Caravelas, cidade vizinha a Prado. A obra, iniciada neste ano, é a principal demanda e aposta de redenção para o trade turístico local.

Pelletti chegou a Prado em 1991. Hoje é dono de condomínio de 500 hectares, restaurante e barracas de praia pela cidade. Preside uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) de promoção do turismo na Costa das Baleias e fala com desânimo da política local. “Faltam hotéis de grande porte”, lamenta. O empresário, que dirige uma BMW Motorsport de R$ 580 mil, diz ter fechado recentemente a venda de 69 hectares em Prado, com 1,6 quilômetro de praias, a dois grupos europeus – um ítalo-inglês e outro ítalo-luxemburguês. Os nomes não revela, diz, por sigilo contratual.

Problemas que Pelletti e Casarsa mantiveram com órgãos ambientais federais sugerem uma relação difícil com essas autarquias. O secretário foi multado em R$ 1.500 pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) por ter levado sem autorização uma equipe de TV ao Parque Nacional do Monte Pascoal, em Porto Seguro. O condomínio de Pelletti soma multas ambientais e o empresário chegou a responder processo – e foi absolvido – pela acusação de ameaça de morte a um funcionário do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente).

Índios, assentados e europeus

Os dois empresários italianos compartilham opinião sobre o conflito indígena que afeta a região – agravado pela possibilidade de criação de mais uma terra indígena, a Cahy/Pequi, atualmente em estudo pela Funai (Fundação Nacional do Índio). “Aqui não vivemos em paz. Há uma vontade política de desestabilização, e estão ‘produzindo’ índios”, diz Casarsa. A disputa motivou a união de fazendeiros e assentados rurais - há seis projetos de reforma agrária no município - contra os índios, a exemplo do que ocorre na vizinha Porto Seguro, onde a expansão da terra indígena Barra Velha suscita tensões e alianças semelhantes.



Foto: Thiago Guimarães/iG Ampliar
Obra inacabada do Palácio do Turismo, em Prado

A falta de coordenação entre órgãos federais agrava a situação. Parte da área reivindicada pelos pataxós em Prado fica dentro do Parque Nacional do Descobrimento e, como em Barra Velha, Funai e ICMBio/Ibama também não entram em acordo quando terras indígenas se sobrepõem a unidades de conservação.“Isso (descoordenação) gera insegurança legal e proliferação de denúncias: fazendeiros e índios se acusam por derrubada e venda de madeira”, diz Ronaldo Oliveira, funcionário do ICMBio e chefe da Resex (Reserva Extrativista) Marinha de Corumbau. Órgãos fundiários e ambientais do Estado da Bahia praticamente inexistem na região e, portanto, pouco ajudam na resolução dos conflitos.

“Querem tirar os índios do parque e colocar em cima de nossas terras, sem pagar”, reclama o produtor rural Orcelino Spagnol, 64 anos. Hoje, proprietários rurais que têm terras identificadas como territórios indígenas recebem indenização apenas por benfeitorias existentes no imóvel - não recebem pela terra nua.

“Nossa luta (contra a terra indígena) é única”, diz Ézio de Oliveira, 61 anos, líder do PA (Projeto de Assentamento) Cumuruxatiba, criado em 1987 e cuja área é reivindicada pelos pataxós. O assentamento de 4.500 hectares, parte à beira-mar, é alvo de denúncias de venda de lotes da reforma agrária, crime previsto em lei. A Polícia Federal já abriu 45 inquéritos para apurar ocupação irregular de terras públicas no assentamento.

O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), responsável pelo projeto de assentamento, diz ter vistoriado 146 dos 169 lotes do PA Cumuruxatiba, com 33 ações de reintegração de posse já ajuizadas, 11 ocupantes irregulares notificados e 102 apurações internas que podem motivar novas reintegrações. Procurada pela reportagem, a Funai informou apenas, via assessoria, que o processo da terra Cahy/Pequi está em estudos.


Abrolhos sob disputa

O conflito ambiental que mais repercute hoje na Costa das Baleias se desenrola justamente no berço das jubartes. Dá-se em Caravelas, cidade vizinha a Prado e entrada do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, refúgio das baleias jubarte que dão nome ao trecho da costa. Uma proibição de exploração de petróleo e gás no entorno do parque, uma das áreas de maior biodiversidade marinha do planeta, foi derrubada pela Justiça Federal no final de 2010. Moradores comentam que empresas com blocos de exploração na região já recrutam para o trabalho.



Foto: João Ramos/Bahiatursa
Turistas fotografam baleias em Abrolhos

Ambientalistas que vivem em Caravelas reconhecem que a promessa de empregos do petróleo atrai a população local. Mas insistem na afirmação de que a atividade colocará a área protegida sob risco – o Greenpeace, por exemplo, está em campanha pela “moratória” da exploração de petróleo na região.

A visitação em Abrolhos, que girava em torno de 15 mil pessoas no final dos anos 90, hoje está em 5.000 pessoas por ano. Das cinco empresas que operavam o passeio até o parque nacional, hoje apenas duas estão na ativa. O fechamento do aeroporto de Caravelas, em 2007, por falta de segurança, reforçou as dificuldades econômicas do destino. “As embarcações menores faliram, e falta ação municipal. O píer de Caravelas não tem luz e à noite vira ponto para uso de crack”, diz Eduardo Carmargo, gerente da ONG Conservação Internacional.

Em Prado, a política municipal é conturbada. Os grupos do prefeito Jonga Amaral (PCdoB) e o do ex-prefeito Wilson Brito (PP), hoje secretário de Desenvolvimento e Integração Regional do governo Jaques Wagner (PT), não se bicam. Há cerca de um ano, na campanha eleitoral, durante visita do então governador candidato à reeleição, correligionários dos políticos disputaram à tapa um espaço ao lado do aliado. A disputa chega ao turismo: o apoio da prefeitura ao principal evento gastronômico da cidade, que ocorre em outubro e é um dos principais atrativos da baixa temporada, não saiu porque um dos organizadores é ligado ao grupo do ex-prefeito.



Foto: João Ramos/Bahiatursa
Praia do distrito de Corumbau, em Prado, com o monte Pascoal ao fundo

O empresariado das cinco cidades da Costa das Baleias aposta suas fichas na reforma do aeroporto de Caravelas, iniciada neste ano pelo Exército e orçada em R$ 19 milhões em recursos federais. O terminal erguido pelos EUA durante a 2ª Guerra Mundial como base dos aliados está desativado desde 2007 – hoje o aeroporto mais próximo é o de Porto Seguro, a 210 km e 3h30 de carro de Prado pela movimentada BR-101.

O único consenso

Apesar da variedade de problemas e interesses econômicos na área - que incluem investimentos em grandes fazendas, incentivos ao plantio de eucalipto, especulação imobiliária e turismo -, todos convergem quando o assunto são as belezas naturais e o potencial turístico da Costa das Baleias. Resta definir os rumos do desenvolvimento, como aponta Oliveira, do ICMBio. “Descobriu-se o Brasil por aqui e a região ficou esquecida. É preciso que seja redescoberta novamente”, afirma.

FONTE: Jornal Último Segundo do Portal IG, aqui.

Nova matéria do Press Trip Costa das Baleias

Disponível desde ontem no Jornal Último Segundo, do Portal IG, esta nova matéria resultado do Press Trip Costa das Baleias,  vai agradar aos cidadãos Caraveleses, pois o repórter Thiago Guimarães descreve a história de Caravelas e chama atenção para a sua importância na região. E mostra que o que pode encantar o turista aqui vai muito além do Arquipélago dos Abrolhos. Acredito que todos vão gostar!


Conheça destinos turísticos da Costa das Baleias

Região no extremo sul da Bahia reúne tesouros naturais, boa culinária e traços de arquitetura colonial

Thiago Guimarães, iG Bahia | 25/09/2011 07:00
 

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Conheça destinos turísticos da Costa das BaleiasRegião no extremo sul da Bahia reúne tesouros naturais, boa culinária e traços de arquitetura colonial

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A rota turística da Costa das Baleias começa no limite sul da Bahia, na divisa com o Espírito Santo, e se estende por 200 km de praias até Prado, cidade ao sul de Porto Seguro. São cinco pequenos municípios costeiros (Mucuri, Nova Viçosa, Caravelas, Alcobaça e Prado), com populações que vão de 21 mil (Caravelas, Alcobaça) a 38 mil habitantes (Nova Viçosa).

Foto: João Ramos/Bahiatursa
Casas da comunidade, em Abrolhos
 
Isolada do restante do Estado até a primeira metade do século 20, a região só passou a se integrar à economia estadual e nacional nos anos 1970, a partir da construção da BR-101. Também por isso ainda mantém preservada parte significativa da costa, em trechos de rios, cachoeiras, mangues e praias. Pelas sedes urbanas encontram-se indícios da ocupação colonial portuguesa, uma culinária rica em peixes e frutos do mar e boa estrutura de hospedagem.
O turismo de observação de baleias dá nome ao roteiro. A atividade é praticada na região do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, área de maior biodiversidade do Atlântico Sul, 70 quilômetros mar adentro. Confira detalhes deste e de outros cinco destinos da Costa das Baleias.

Parque Nacional Marinho de Abrolhos


Foto: João Ramos/Bahiatursa Ampliar
 As baleias jubarte em Abrolhos



Criado em 1983, em área que equivale a quase três cidades de Belo Horizonte, o parque é refúgio de baleias jubarte que de junho a novembro migram da Antártida para reproduzir e amamentar na costa da Bahia e do Espírito Santo. Em visita no último dia 14 de setembro, ao menos seis grupos de baleias se aproximaram da embarcação que conduzia a reportagem do iG ao parque – olhando-se para o horizonte, até cinco diferentes grupos podiam ser observados simultaneamente. Abrolhos é também a região mais rica em corais e peixes no litoral brasileiro. Abrange cinco pequenas ilhas crivadas de aves – o desembarque só é permitido em uma delas, a Siriba, e ainda assim em caminhada orientada por funcionário da unidade.

As principais atrações ficam na água, com mergulhos nas imediações da ilha Siriba que simulam a sensação de estar dentro de um aquário, dada a diversidade de peixes e corais. Duas operadoras sediadas em Caravelas (Horizonte Aberto e Apecatu Expedições) promovem saídas regulares a Abrolhos, ao custo médio de R$ 250 por pessoa. Também é possível partir das cidades de Alcobaça e Nova Viçosa. Para quem se interessa em mergulhar por mais tempo, é interessante tentar pernoitar no barco – como a viagem a Abrolhos dura em média sete horas, entre ida e volta, o cronograma pode ficar apertado para apenas um dia.

Cumuruxatiba


Foto: João Ramos/Bahiatursa
A vila de Cumuruxatiba

Distrito de Prado, está a 30 km por estrada de terra da sede do município. A outrora vila de pescadores conta hoje com boa estrutura turística (pousadas, restaurantes, vendas) e 4.000 moradores. Recebeu o nome dos primeiros pataxós que habitavam a região, em referência ao fenômeno da maré vazante, em que o nível do mar baixa a ponto de revelar corais e permitir caminhadas de até 1 quilômetro água adentro. Conserva trechos intactos de mata atlântica, praias desertas de águas quentes e areia monazítica - escura e de propriedades medicinais.

Barra do Cahy

A foz do rio Cahy fica a 12 km pela praia (ou 18 km por estrada de chão) da sede de Cumuruxatiba. A região de 1,2 quilômetro, descrita na carta de Pero Vaz de Caminha, disputa com Porto Seguro o posto de cenário do primeiro contato entre índios e portugueses - um matemático da tripulação de Pedro Álvares Cabral teria aportado por lá antes do desembarque, mais ao norte. A estrutura turística inclui apenas uma barraca à beira-mar, que fecha na baixa temporada.

Corumbau


Foto: João Ramos/Bahiatursa
Praia do distrito de Corumbau, em Prado

Na língua dos pataxós, Corumbau significa “longe de tudo”. E assim o distrito de Prado parece querer se conservar. São 15 km de praias de areia fofa e nenhum sinal de celular. A sede do distrito está 56 km ao norte de Cumuruxatiba, no limite superior da Costa das Baleias. O acesso por terra é esburacado – o que agrada quem defenda a manutenção do caráter isolado do destino. Na maré baixa, um banco de areia emerge e a chamada ponta do Corumbau avança por até 2 km mar adentro. O local conta também com hotéis de luxo e pousadas sofisticadas. Passeios de um dia de barco desde Cumuruxatiba ou Caraíva, já distrito da vizinha Porto Seguro, saem por cerca de R$ 60.

Travessia Prado-Cumuruxatiba


Foto: João Ramos/Bahiatursa
Praia do Tororão, na travessia Prado-Cumuruxatiba

O percurso pode ser feito pela estrada de terra razoável que acompanha a costa ou à pé por 20 quilômetros de praias. Para os adeptos da caminhada, é preciso consultar a tábua de marés para evitar cheias em trechos de falésias. Essas formas geográficas dão a moldura da praia da Paixão, enseada de águas tranqüilas a 11 quilômetros do centro de Prado. Outro ponto de parada é a praia do Tororão e sua pequena cascata de água doce que desce das falésias até a areia.

Caravelas


Foto: João Ramos/Bahiatursa
Vista de Caravelas

Ponto do continente para próximo do arquipélago de Abrolhos, Caravelas é também marco da colonização portuguesa no Brasil. Conta com trilhas por labirintos de manguezais, rios e lagoas, em que é possível conhecer comunidades ribeirinhas e experimentar produtos típicos como a tapioca. O centro de visitantes do Parque Nacional de Abrolhos oferece detalhes da unidade de conservação e uma réplica em tamanho natural da baleia jubarte.

FONTE: Enviado por Bahiatursa, também disponível aqui:

sábado, 24 de setembro de 2011

Vem aí mais uma reunião do COMTUR de Caravelas


No dia 27/09 (terça-feira) às 15 horas estará acontecendo na Secretaria de Turismo e Esportes de Caravelas mais uma reunião do Conselho Municipal de Turismo de Caravelas, veja o convite abaixo:
(Clique na imagem para ampliar!)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Prêmio do SEBRAE para mulheres empreendedoras foi lançado hoje em Eunápolis

A coordenação do Sebrae no extremo sul fez o lançamento do Prêmio Mulher de Negócios durante a realização da I Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres, hoje, 23/09, em Eunápolis. O evento acontece no Cepedes II – Centro Territorial de Educação Profissional do Extremo Sul II (antigo Colégio Modelo), Av. Alexandria, s/nº, bairro Dinah Borges.


Até o dia 5 de dezembro, empreendedoras de todo o País podem participar do Prêmio Mulher de Negócios. A iniciativa tem como objetivo divulgar ações bem-sucedidas gerenciadas por mulheres ou grupos de mulheres que sirvam de exemplo para quem deseja abrir um negócio. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas nos pontos de atendimento do Sebrae ou pelo site www.mulherdenegocios.sebrae.com.br.


FONTE: CaravelasNews.

Seguro-desemprego para catadores de marisco, caranguejo e siri está em tramitação na Câmara Federal

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara Federal  aprovou no dia 14/09 uma proposta que estende aos catadores de caranguejos, siris e mariscos que vivem dessa atividade o direito a seguro-desemprego de um salário mínimo por mês. O seguro será concedido durante o defeso, quando é proibido pescar ou colher frutos do mar, e em períodos em que a coleta ficar prejudicada pela contaminação ambiental, proliferação de organismos nocivos ou por chuvas.

A proposta foi aprovada na forma de substitutivo do relator, deputado Hélio Santos (PSDB-MA), ao Projeto de Lei 1083/11, do deputado Cleber Verde (PRB-MA) . A proposta original, que altera a Lei 10.770/03, contemplava com o benefício, já concedido ao pescador profissional durante o defeso, apenas os catadores de marisco.

O parlamentar baseou seu texto em um substitutivo feito pelo deputado Celso Maldaner (PMDB-SC) para projeto de mesmo teor (PL 3202/08) apresentado pelo ex-deputado Flávio Bezerra e arquivado ao fim da legislatura passada.

Degradação ambiental

“Esses trabalhadores têm resistido à crescente degradação do ambiente natural e à falta de incentivos externos”, afirmou Hélio Santos. Segundo ele, os catadores de caranguejos, siris e mariscos tendem a permanecer “marginalizados e desorganizados”, embora tenham um trabalho muito identificado com o dos pescadores artesanais. “Trata-se de uma questão de justiça estender-lhes o benefício.”

Exigências

Para ter direito ao benefício, entre outras exigências, o catador de caranguejos e siris (Catálogo Brasileiro de Ocupações [CBO] 6310-05) e o catador de mariscos (CBO 6310-10) deverão apresentar ao órgão do Ministério do Trabalho e Emprego de sua cidade registro de catador profissional, com antecedência mínima de um ano da data do início do defeso; comprovantes de inscrição no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e do pagamento da contribuição previdenciária.

Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para ler a proposta: PL-1083/2011

FONTE: Texto de Tiago Miranda para a Agência Câmara de Notícias, disponível no site CaravelasNews.

Começa monitoria dos Planos de Ação para Mamíferos Aquáticos

Recife sediou desde segunda-feira até hoje uma série de reuniões de monitoria dos Planos de Ação Nacionais - PANs para Mamíferos Aquáticos. São os PANs da Toninha, Sirênios, Pequenos Cetáceos, e Grandes Cetáceos e Pinípedes. As monitorias foram coordenadas pelo CMA sob supervisão da Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade - Dibio, e com participação dos Grupos Estratégicos para Conservação e Manejo - Gecons dos planos, definidos recentemente em portarias.

Foi avaliado o grau de implementação de cada plano, com a verificação, a reavaliação e o ajuste das metas e ações que compõem cada um deles, levando em consideração os indicadores estabelecidos nas ações. Também foi estabelecida uma estratégia de trabalho com o Gecon, que tem a função de acompanhar a implementação dos planos.

As portarias de criação dos Planos de Ação de Mamíferos Aquáticos foram publicadas em 2010 pelo ICMBio. Os objetivos desses PANs são reduzir o impacto antrópico e ampliar o conhecimento sobre as espécies de mamíferos aquáticos no Brasil. Atualmente os mamíferos aquáticos ameaçados de extinção no país compreendem nove espécies, sendo seis grandes cetáceos, um pequeno cetáceo e dois sirênios. O PAN de Sirênios é constituído por 12 metas e 130 ações, o da Toninha com sete metas e 88 ações, o de Pequenos Cetáceos com sete metas e 109 ações, e o de Grandes Cetáceos e Pinípedes com 21 metas e 146 ações, para grandes cetáceos, e 14 metas e 87 ações, para pinípedes.
A Dibio está desenvolvendo um sistema online a ser implantado em 2012, para facilitar a monitoria e o acompanhamento da implementação dos planos, além de tornar acessível as informações gerais das espécies e divulgar as ações dos PANs.

Com a atuação conjunta do ICMBio e da sociedade aliada à construção e implementação desses planos para as espécies ameaçadas de extinção, acredita-se que essa ferramenta de gestão se consolidará cada vez mais como estratégia eficaz de conservação da biodiversidade brasileira.

FONTE: ICMBIO EM FOCO, número 164.

Parque Nacional Marinho dos Abrolhos participa do 8º Encontro Brasileiro de Ecoturismo e Turismo de Aventura

Jean-Claude Razel, presidente da Abeta, durante seu discurso de abertura


O Abeta Summit, maior encontro de ecoturismo e turismo de aventura da América Latina aconteceu entre os dias 19 e 22/09 no Hotel Holiday Inn, no Parque Anhembi, em São Paulo e contou com a presença de empresários, profissionais e gestores públicos envolvidos com o turismo de aventura, o ecoturismo, o desenvolvimento de destinos e toda a cadeia de valor da vida ao ar livre.

Com mais de 50 palestrantes nacionais e internacionais referências em suas áreas de atuação, em mais de 30 palestras sobre os temas mais importantes e estratégicos para o setor, encontros de negócios e ações voltadas para o fortalecimento dos laços de relacionamento entre o setor privado e o público, a novidade de 2011 foi a realização do 1° Encontro Brasileiro de Turismo em Parques, onde  foram abordados temas como parcerias, capacitação e implementação nestas áreas.

O gestor do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, Ricardo Jerozolimski, que esteve presente no evento, contou que a sua participação, junto com gestores de outras unidades de conservação administradas pelo ICMBIO, está sendo importante para que o ICMBIO compreenda as necessidades e oportunidades das empresas do trend de turismo no Brasil, como também para poder divulgar as opções de ecoturismo e turismo de aventura nos Parques Nacionais.

O Abeta Summit é organizado pela ABETA - Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura e faz parte do calendário nacional e internacional do segmento.

Mais um texto sobre a visita do biólogo Richard Rasmussem

O apresentador Richard Rasmussem, do SBT, gravou em Caravelas
O biólogo e naturalista Richard Rasmussen, apresentador do programa "Aventura Selvagem",  programa semanal dedicado à natureza selvagem que vai ao ar nas noites de quinta feira no canal de TV SBT esteve em Caravelas entre os dias 16 e 19/09 para gravar no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos.
Grande conhecedor da fauna, Richard é conhecido por ter uma forma espontânea e irreverente de cuidar e se relacionar com os bichos e em Abrolhos está sendo acompanhado pela equipe da Secretaria Municipal de Turismo e Esportes, do ICMBIO, pelos militares da Marinha do Brasil, pela coordenadora do Projeto Abra os Olhos para a Ciência e pela equipe da operadora de turismo Apecatu Expedições.
Além de filmagens com os animais de hábitos noturnos que freqüentam a Ilha Santa Bárbara, a única das cinco ilhas do Arquipélago que é administrada pela Marinha dos Brasil, o apresentador e sua equipe realizaram atividades de mergulho autônomo nos sítios históricos e filmagens com as aves marinhas protegidas pelo Parque Nacional Marinho dos Abrolhos. Na Ilha Siriba, a equipe, além de fazer a trilha que contorna a ilha, permitindo observar suas formações rochosas, pôde ver de perto os ninhos dos atobás brancos. Na ilha Redonda encontraram um grande número de outras aves, como fragatas, atobás marrom e grazinas.
Segundo Bernadete Barbosa, que trabalha como monitora ambiental do Parque Nacional a 22 anos, foi muito interessante aproveitar o momento das filmagens para realizar uma limpeza das margens da ilha, que devido as marés, recebe lixo resultante de descarte de barcos no oceano. Estes materiais são utilizados para atividades de educação e sensibilização ambiental. As atividades de limpeza de praia, como lembrou Bernadete, são rotineiramente realizadas pelos monitores ambientais do Parque Nacional e contribuem para a manutenção do Parque Nacional, mas quando realizadas com grupos de visitantes, fortalece um sentimento de compromisso destes com a conservação ambiental.
O programa está previsto para ir ao ar no mês de novembro.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Parque Nacional Marinho dos Abrolhos implementa monitoramento de aves marinhas

O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, em parceria com a organização ambientalista AVIDEPA - Associação Vila-velhense de Proteção Ambiental e o CEMAVE - Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres, do ICMBio, iniciou no mês de julho atividades de monitoramento de aves marinhas. Nesta primeira etapa será dada ênfase às atividades de localização de ninhos e anilhamento de grazinas (Phapthon aethereus), também conhecidas como rabo de palha.



Esta espécie, que está incluída na lista de animais ameaçados de extinção, se caracteriza por apresentar cor branca, com o dorso listrado de negro, a ponta da asa também é negra e o seu bico é vermelho. Os ninhos são feitos em buracos nas escarpas ou sobre a areia entre as pedras com postura de um ovo densamente manchado. Ao contrário dos atobás e fragatas, seu filhote nasce com os olhos abertos e cobertos de penugem. Sua nidificação no Brasil ocorre apenas em Fernando de Noronha e no Arquipélago dos Abrolhos, sendo aqui a sua principal colônia reprodutiva.
O anilhamento é um sistema de marcação de aves na natureza com anéis numerados que possibilita realizar diversos estudos relacionados à dispersão, migração, comportamento, estrutura social, dinâmica de populações, sobrevivência, sucesso reprodutivo, monitoramento ambiental, toxicologia e manejo.
A partir dos resultados das atividades de monitoramento realizadas no Parque Nacional será possível utilizar esses resultados para a gestão da unidade, pois as aves,  além de nos encantar com sua beleza e seus sons.têm um importante papel no ecossistema, além de servirem como ótimos indicadores da qualidade dos ambientes, pois indicam rapidamente qualquer impacto ambiental.


Imagens de Bernadete Barbosa e Cynthia Campolina. 

Resultados da Press Trip que esteve em Caravelas no dia 14/09

Começaram a ser publicados os primeiros textos dos jornalistas que estiveram em Caravelas e região entre os dias 12 e 16/09, na Press Trip organizada pela Bahiatursa. Abaixo, o texto da jornalista Maria Izabel Reigada, do Portal Panrotas, que trabalha com dicas de viagens e experiências vividas por quem viaja constantemente (no caso os jornalistas da PANROTAS) e que podem ser usadas por profissionais de turismo e seus clientes. Vejam:

A primeira vez a gente não esquece

20 de setembro de 2011

Em mar aberto, é difícil saber onde fixar a vista. Olha-se adiante, para as laterais e para as outras pessoas embarcadas, afinal, quanto mais pares de olhos atentos, melhor. Mas, infalivelmente, é o bem treinado olhar do guia que acompanha a embarcação, ou do comandante, que dão o aviso: “baleia!”.

É o suficiente: a respiração para, o coração acelera e os gritinhos são ouvidos por todos os lados do barco. Só então é que o olhar encontra a causadora de tanta comoção, a jubarte, parada, cabeça para baixo e cauda para cima. O barco pode se aproximar, segundo conta Milton Marcondes, do Instituto Baleia Jubarte. E se aproxima, o bastante para todos registrem verdadeiros “closes” das jubarte.
Foi meu primeiro encontro com uma baleia em seu habitat natural. Difícil não sentir-se privilegiado naquele cenário, com a incrível sorte de ter diante de si uma baleia nada tímida, que permaneceu “cauda para cima” por cerca de 15 minutos, fazendo a alegria completa de todos a bordo.


Maria Izabel em seu primeiro encontro com a Jubarte
Muitas fotos depois e olhares ainda hipnotizados no cetáceo gigante, a jubarte decidiu partir, deixando a água marcada com seu rastro, inconfundível, uma vez que ao mergulhar a baleia joga para a superfície a água do fundo do mar. Conhecedores do “rastro” da jubarte, o passeio só melhorou.
Além de tentar avistar as baleias, procuramos as marcas na água e os borrifos vistos ao longe, que indicam a posição exata dos grupos.
O Instituto Baleia Jubarte estima em cerca de nove mil o número de jubartes que deixam as águas frias da Antártida para acasalar, dar à luz e amamentar no litoral sul da Bahia. É essa a região preferida por 80% das jubartes que visitam o litoral brasileiro, segundo o Instituto.
No passeio ao Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, é quase impossível não encontrá-las. Vimos dezenas: mães com filhotes, grupos competidores, nos quais uma fêmea é seguida por quatro, cinco ou seis jubartes macho, e baleias solitárias. Os borrifos no horizonte são o indicativo de quantas jubartes estão nadando juntas.
As jubartes têm em média 14 metros e cerca de 35 toneladas. Há sete populações – ou grupos – delas no mundo, classificadas segundo a área de migração que adotam. A população brasileira é a A, da Costa Atlântica, hoje com cerca de nove mil indivíduos e em crescimento, desde que o Brasil proibiu a caça de baleias, em 1986.
Dóceis, esses mamíferos alimentam-se de krill, uma espécie de camarão encontrado na Antártida. Para elas, o litoral baiano é uma espécie de “spa”, onde gastam a gordura acumulada nos meses de permanência na Antártida, enfrentando toda a temporada “baiana” em jejum. Voltam para a Antártida quando o verão chega – e a fome aperta. Afinal, só mesmo a fome para tirá-las das praias baianas.
Em tempo: não é preciso chegar ao arquipélago de Abrolhos para encontrar as baleias. Elas aparecem pelo caminho. Diz-se que a viagem não é o destino, mas o caminho. Em se tratando das jubartes e de Abrolhos, essa é uma verdade absoluta. E para saber mais sobre esses mamíferos, espie o www.baleiajubarte.org.br.







MARIA IZABEL REIGADA
Viagem a convite da Bahiatursa

FONTE: Enviado por Bahiatursa, também disponível aqui.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

ICMBio participa de oficina sobre regularização fundiária na Bahia

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) esteve represente na oficina promovida pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema), que reuniu durante dois dias técnicos, gestores de Unidades de Conservação (UC), representantes de conselhos e órgãos estaduais e federais. A oficina, que contou com presença do coordenador regional do ICMBio na Bahia e Espírito Santo, Leonardo Brasil, teve como objetivo debater a consolidação territorial nas UC e pensar as relações institucionais para qualificar a regularização fundiária das Unidades de Proteção Integral da Bahia.

Para o secretário de Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Spengler, a regularização fundiária das UC na Bahia é uma das missões mais complexas e para isso, a consolidação territorial deve ser tratada com prioridade. Para isso, será preciso considerar a definição e sinalização dos limites, gerenciamento e mapeamento dos conflitos existentes para a construção do plano de gestão das áreas protegidas.

Leonardo Brasil, coordenador regional do ICMBio na Bahia e Espírito Santo, salientou as principais ações do instituto relacionadas à consolidação de limites, como a identificação e melhoria de dados, limitação de áreas e regularização fundiária de áreas federais. O ICMBio é responsável por 22 Unidades de Conservação na Bahia, sendo que nove possuem parte de suas áreas regularizadas e oito ainda estão na etapa inicial. Ele destacou uma possível e importante parceria, através de um termo de reciprocidade com o governo da Bahia para compensação de Reserva Legal em Unidades de Conservação Federais e Estaduais.

Após a realização da oficina, será criado um grupo de trabalho para elaborar uma instrução normativa e um modelo de termo de referência para a contratação de serviço técnico e especializado voltado para a regularização fundiária nas Unidades de Conservação estaduais de Proteção Integral. A assinatura do Termo de Reciprocidade com o ICMBio encontra-se em discussão no Instituto Estadual de Meio Ambiente da Bahia (INEMA).

FONTE: Ascom ICMBio, também disponível aqui.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

IBAMA indefere licença para exploração petrolífera em Boipeba-BA

O Ibama não concederá licença para a empresa El Paso Óleo e Gás do Brasil Ltda. explorar petróleo e gás no Campo de Pinaúna, Bloco BM-CAL– 4, na Bacia de Camamu/Almada, em águas rasas, a 11,3 km da Ilha de Boipeba, na Bahia. A decisão foi tomada nesta manhã em reunião da Comissão de Avaliação e Aprovação de Licenças Ambientais, integrada por diretores e procuradoria do instituto, com base em 6 (seis) pareceres técnicos da Diretoria de Licenciamento Ambiental.

Desde a apresentação dos Estudos de Impactos Ambientais (EIA), em 2005, a empresa fez sucessivas revisões do projeto. O Ibama reconhece que as modificações efetuadas em relação ao projeto original representaram avanços, mas as avaliações técnicas, que envolveram mais de 25 analistas ambientais especializados em licenciamento de petróleo e gás, concluíram que a empresa não conseguiu minimizar os impactos e riscos ambientais do empreendimento nem explorar alternativas locacionais e tecnológicas de modo a torná-lo compatível com a alta sensibilidade ambiental da região.

A região onde a El Paso pretendia explorar petróleo é rica em recifes de coral e biodiversidade marinha. Há registros de presença de diversas espécies ameaçadas de extinção, como a Baleia Jubarte (Megaptera novaeangliae) e Baleia Franca (Eubalaena australis), que frequentam o local no inverno para se reproduzirem. Também, é habitat de cinco espécies de tartarugas marinhas, ameaçadas de extinção. Outro destaque são os manguezais, que podem atingir quilômetros de extensão, a exemplo do existente entre as ilhas de Tinharé e Boipeba. A diversidade e a conservação dos ecossistemas da região são fundamentais para o desenvolvimento de atividade pesqueira e do turismo, que absorvem população de baixa renda e contribuem para movimentar a economia regional. Esta área é repleta de unidades de conservação estaduais e é considerada, pelo MMA, de importância “extremamente alta” para a conservação da biodiversidade.

Além das questões relativas aos impactos diretos do empreendimento, o projeto também não apresentou soluções adequadas para lidar com os cenários de acidentes envolvendo vazamento de óleo para o ambiente marinho. Devido à proximidade com o litoral e ambientes sensíveis, mesmo acidentes com liberação de pequenos e médios volumes de óleo (até 200 m³) – de ocorrência mais frequente que acidentes de pior caso – atingiriam ativos ambientais de alta importância ecológica e poderiam gerar graves consequências socioeconômicas para as comunidades litorâneas.

FONTE: ASCOM/IBAMA

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Atobá marrom

E voltando para casa de Titan junto com a turma do Sea Shepherd, ganhamos o presente de um lindo filhote de atobá marrom pegar carona no nosso barco!

domingo, 18 de setembro de 2011

Mais um dia de gravações no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos


Hoje a equipe do "Aventura Selvagem" aprendeu, junto com a bióloga Cynthia Campolina e a monitora ambiental Bernadete Barbosa, sobre as aves marinhas do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos. Além de filmarem na Ilha Siriba, a única das cinco ilhas do Arquipélago que está aberta a visitação, onde puderam ver de perto os ninhos dos atobás brancos, o grupo fez a trilha que contorna a ilha, permitindo observar suas formações rochosas. A caminhada pela ilha tem 1.600 metros de extensão e dependendo da maré, não é possível contornar toda a ilha, pois as ondas quebram sobre as rochas, tornando o passeio perigoso. Existem também piscinas naturais que abrigam peixes coloridos e caramujos que ficam presos quando a maré baixa.

O grupo esteve também na ilha Redonda, onde encontraram um grande número de outras aves, como fragatas, atobás marrom e grazinas. Segundo Bernadete Barbosa, que trabalha como monitora ambiental do Parque Nacional a 22 anos, foi muito interessante aproveitar o momento das filmagens para realizar uma limpeza das margens da ilha, que devido as marés, recebe lixo resultante de descarte de barcos no oceano. Além de cordas, vidros, garrafas de cerveja e água mineral, saco de lixo grande, pedaços de isopor e borracha, foi recolhido outros materiais como escova de dentes, lâmpada e um vidro de ketchup cheio. Estes materiais, junto com outros que foram recolhidos durante o Clean Up Day de ontem na atividade de limpeza subaquática promovida pelo Sea Shepherd, serão utilizados para atividades de educação e conscientização ambiental.

As atividades de limpeza de praia, como lembrou Bernadete, são rotineiramente realizadas pelos monitores ambientais do Parque Nacional e contribuem para a manutenção do Parque Nacional, mas quando realizadas com grupos de visitantes, fortalece um sentimento de compromisso destes com a conservação ambiental.





Richard e a bióloga Cyntia Campolina



Com Maria, a cozinheira do catamarã Netuno, da Apecatu Expedições


Richard e a monitora ambiental Bernadete Barbosa

sábado, 17 de setembro de 2011

Imagens do dia

Hoje foi um dia bastante movimentado aqui na Ilha Santa Bárbara, com várias atividades paralelas, como monitoramento de aves, que é realizado pelo Parque Nacional Marinho dos Abrolhos em parceria com a organização ambientalista AVIDEPA e com o CEMAVE, que é o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres do ICMBIO, filmagens do Programa Aventura Selvagem e atividades da Expedição Sea Shepherd, que realizou,  em comemoração ao Dia Mundial de Limpeza de Praia (Cleanup Day),  além de palestra e apresentação de vídeos voltados para a conservação da biodiversidade, uma atividade de limpeza subaquática nas águas do Arquipélago dos Abrolhos. Vejam algumas imagens: