quarta-feira, 27 de abril de 2011

Oficina de Grafite movimenta o Centro de Visitantes do PNM Abrolhos

Esta semana o Centro de Visitantes do PNM Abrolhos ficou ainda mais bonito, depois da Oficina de Grafite coordenada pelo artista caravelense Dó Galdino, do Movimento Cultural Arte Manha.

A atividade faz parte da programação em comemoração aos 28 anos do Parque, veja algumas fotos:






O Centro de Visitantes

O Centro de Visitantes do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos foi inaugurado em maio de 2004 na Praia do Kitongo, em Caravelas, BA, com a intenção de ser uma área de lazer, convivência, pesquisa e informação, valorizando o conhecimento das comunidades tradicionais e aproximando alunos, moradores e turistas da região.

O espaço tem como objetivo propiciar a aproximação dos visitantes com a natureza, permitindo a interiorização do significado das áreas protegidas, sua importância em termos de preservação, manejo e aproveitamento indireto dos recursos naturais e culturais. Hoje o centro de visitantes é o local de apoio a vários programas e atividades desenvolvidos pelo PNM Abrolhos e por seus parceiros.

A visitação e o uso das instalações são totalmente gratuitos e o centro conta com monitores para receber e acompanhar e informar os visitantes sobre o Parque e seus atrativos naturais, além das regras de conduta dentro da Unidade de Conservação e informações sobre as Baleias Jubarte, uma das grandes atrações locais, entre outros assuntos.

A construção do Centro de Visitantes foi resultado da compensação ambiental exigida da Aracruz Celulose (hoje Fibria) para a instalação do Terminal Portuário no Rio Caravelas.

A MULHER PESCADORA – ELIZETE E O MAR

Como vimos no texto anterior, o trabalho feminino relacionado à pesca artesanal precisa de muita atenção por parte dos governantes e lideranças sociais na região, principalmente aqui na Barra de Caravelas, onde a crescente pressão sobre os recursos naturais, os impactos ambientais e o pouco apoio dos governos fazem com que a renda diminua a cada ano e os conflitos sociais aumentem. 

Muitas mulheres tradicionalmente se lançam na atividade pesca, pois têm que auxiliar pais e maridos que já tinham um envolvimento com a atividade. Quanto à organização da atividade pesqueira em Caravelas, registra-se a existência da Colônia de Pescadores Z-25, com sede no Distrito de Ponta de Areia, onde são associados cerca de 2.000 pescadores, entre homens e mulheres, sendo 600 mulheres.   A entrevista com Elizete, moradora da Barra e pescadora desde os 10 anos de idade, conta que desde cedo acompanhava os pais, carregando o cesto samburá e assim entendeu a necessidade apoiar a família. Com a consciência de que a pescaria é um trabalho muitas vezes duro, sofrido e até mesmo perigoso, Elizete assumiu várias funções na pescaria, entre elas a captura em mar raso, a pesca em alto mar junto com o pai e os irmãos, o tratamento, o preparo de isca, tecelagem e reparo de redes e venda dos produtos.  



Além dessas atividades, para todas as outras pescadoras o cotidiano é marcado também por diversas outras atividades que incluem as tarefas domésticas, o cuidado com a casa, a coleta de lenha, a atenção com a família e com a comunidade em que vivem. A mulher pescadora é extremamente preparada para conduzir a vida doméstica, pois consegue administrar as dificuldades diárias e as atividades relacionadas à pesca diariamente, unindo a vida dentro de casa com a vida no mar.

Elizete conta que no dia-a-dia da pesca as dificuldades são grandes, principalmente pelo preconceito que algumas pessoas têm com a mulher pescadora, mas que mesmo assim nunca se deixou tomar pelo desânimo e na realização de seu trabalho sempre está alegre. O contato com a Natureza e as belezas do mar, junto com a riqueza das festas e comemorações locais muitas vezes é o que dá força para continuar, segundo ela. 
A riqueza da história do lugar se expressa nas lembranças e no conhecimento que todas as pessoas possuem sobre as atividades relacionadas à pesca, conhecimentos sobre o mangue, as marés, os ventos, as fases da lua e os mitos e crenças relacionadas à natureza. Dedete, por exemplo, tem o costume de sempre que vai ao mar, rezar para Iemanjá e pedir a proteção divina. Outras pescadoras e pescadores também mantém este hábito, sendo que alguns carregam a Bíblia, outros rezam para a Padroeira da Barra, Nossa Senhora da Conceição, ou outro santo de sua preferência. 

Segundo Elizete, ela se considera uma pessoa que luta pelo que quer e leva a vida na batalha e que, por isso mesmo, se sente realizada e feliz apesar das dificuldades da vida de pescadora. A exemplo de Elizete, muitas outras mulheres vem conquistando seu espaço e ajudando a mostrar a importância de seu trabalho, ajudando a conquistar seus direitos e valorizar a mulher pescadora. Mulheres como esta estão construindo seus próprios rumos e saídas para garantir uma vida melhor para as atuais e futuras gerações.

FONTE: Texto de Adriene Coelho, publicado no Jornal O Samburá, Edição 25, de Abril/Maio de 2011. 

Qualidade da água dos rios baianos é apontada por ONG como insatisfatória


Avaliação da Fundação SOS Mata Atlântica constata que nenhum dos rios, dos seis municípios baianos avaliados, tiveram resultado positivo em relação à qualidade das águas. O monitoramento foi desenvolvido pelo Programa Rede das Águas, da própria ONG, nos municípios de Jacobina, Catu, Canavieiras, Itamaraju, Prado e Caravelas.

De acordo com o relatório, as amostras que obtiveram melhor resultado foram as do Rio Pituaçu, na capital baiana, e do rio Jucuruçu, em Prado, que somaram 32 pontos, que significa situação “regular”. O rio Itapicuru Mirim, em Jacobina, teve o pior resultado do monitoramento, com 24 pontos, que significa “ruim”. O rio Caravelas, em Caravelas; o rio Pardo, em Canavieiras; e o rio Jucuruçu, em Itamaraju, estão em situação “regular”, com 31, 30 e 30 pontos, respectivamente. Já o rio Catu, em Catu, acompanha o rio Itapacuru na situação “ruim”, mas com 26 pontos.

A ONG informa que “regular” é denominada como “aceitável” e diz respeito às amostras que ficaram entre 27 e 35 pontos. A situação “ótima” está acima de 40 pontos. A coordenadora do programa, Malu Ribeiro, afirma que os rios da Bahia estão cada vez mais comprometidos. “Embora seja um recurso natural essencial à vida, ainda é tratada com descaso. Queremos despertar nas pessoas o estado de alerta, o conhecimento e a vontade para a mudança de comportamento”, diz.

 FONTE: G1

Encontro para promover o Plano Plurianual Participativo – 2012 – 2015




O Governo da Bahia, em parceria com a Prefeitura Municipal de Caravelas esteve junto com as entidades representativas da sociedade civil e do poder público nas reuniões prévias que são parte da mobilização para o Plano Plurianual Participativo – PPA-P 2012 – 2015. 

A reunião aconteceu na  Câmara Municipal dos Vereadores no dia 20 de Abril e durante a atividade foram discutidas as questões estratégicas para o desenvolvimento territorial e municipal sustentável, e indicadas as prioridades públicas do território para os próximos 4 anos. 

FONTE: Enviado por Lígia Emília, Coordenadora Pedagógica da Divisão de Cultura Popular e Educacional da Secretaria Municipal de Cultura de Caravelas.

Fiscalização apreende 316 kg de lagosta em Alcobaça

Na manhã desta terça-feira (26), a equipe formada por fiscais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Ibama, com apoio da Polícia Militar, que estão monitorando as águas do “Banco dos Abrolhos” passou por Alcobaça/BA, onde na peixaria “Bené Pescados”, foram encontrados 316 quilos de lagosta armazenados sem a devida declaração de estoque.

Por conta da ilegalidade, toda a lagosta foi apreendida e posteriormente doada. A empresa foi multada em de 16 mil e ainda terá que responder a processo judicial.

Segundo Ronaldo Oliveira, chefe da Resex Corumbau, o interessante nessa ação foi a  oportunidade de ver uma única lagosta pesando  mais de 3 kg. “Fato que antes era comum nessa região, mas que agora é uma raridade. O que demonstra a importância da conscientização de pescadores e consumidores quanto à proteção dessa espécie e toda vida marinha”, disse.

Ronaldo lembrou também, o  quanto tem diminuído o estoque pesqueiro de todas  as espécies, devido às diversas agressões à natureza. “Todos nós perdemos, mas principalmente os pescadores, que vivem diretamente desses recursos”, finalizou.

Em virtude do apoio prestado, e em conformidade com a legislação, parte da lagosta foi doada à Polícia Militar de Alcobaça, enquanto o orfanato do município de Prado recebeu 266 kg da lagosta apreendida. Os responsáveis pela entidade informou que irá rateá-la com outras instituições que também cuidam de menores, inclusive aquelas que ainda não se regularizaram para receber oficialmente as doações, como a “Casa de Mãe Tildes”.

FONTE: Texto de Priscila Galvão, da Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Ascom/ICMBio e imagem do Site Teixeiras Notícias.

Fiscalização em Abrolhos

Conforme registrou o site CaravelasNews, equipes de fiscalização do Instituto Chico Mendes (ICMBio) e do IBAMA, com apoio da Polícia Militar, estiveram monitorando as águas do “Banco dos Abrolhos”, onde se localizam o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos e as Reservas Extrativistas (RESEX) do Corumbau e Cassurubá.
 
Barco pego pescando em Timbebas (Parque dos Abrolhos)
Barco pego pescando em Timbebas (Parque dos Abrolhos)

Alguns barcos foram pegoa pescando dentro de uma das Unidades de Conservação. Além da multa, os pescadores tiveram todos os apetrechos de pesca, o barco e o pescado apreendidos.

No entanto, segundo afirmou Ronaldo Oliveira, chefe da RESEX Corumbau, que coordena a operação, o que tem dado mais trabalho aos fiscais é o descaso com a documentação. “Numa ação educativa, fomos forçados a exigir que vários barcos retornassem ao porto de origem, pois os pescadores teimam em ir ao mar sem a licença de pesca do barco e mesmo suas carteiras de pescador, itens obrigatórios pela Lei. É como pegar a estrada sem documentos de motorista e do carro”,

Para ler a notícia na íntegra, clique aqui.

FONTE: Site CaravelasNews.

Convite aos Artistas Plásticos da Costa do Descobrimento

Em comemoração ao dia do Artista Plástico, o Centro de Cultura de Porto Seguro está propondo uma mostra coletiva de artes plásticas da Costa do Descobrimento.

Para isto estão sendo selecionadas obras de artistas desta região, que serão expostas de 09 de maio a 09 de junho de 2011 no Centro de Cultura de Porto Seguro.

A quem interessar, deve-se entrar em contato com Miriam Silva, Coordenadora do Centro de Cultura de Porto Seguro, através dos telefones: (73) 9984 1807 ou 3288 1388.

*O Dia do Artista Plástico foi escolhido como uma homenagem ao pintor José Ferraz de Alencar Junior, nascido no dia 08 de maio de 1851, na cidade de Itu, estado de São Paulo. Almeida Junior teve uma carreira rica, estudou na Academia Imperial de Belas-Artes, onde foi aluno de Victor Meireles. Obteve, também, formação na Escola Superior de Belas-Artes de Paris e faleceu, tragicamente, no dia 13 de novembro de 1899, em Piracicaba-SP.

FONTE: Raquel Galvão, Representante Territorial de Cultura - Extremo Sul/Secretaria de Cultura do Estado da Bahia - Superintendência de Cultura.

HISTÓRIAS DA GENTE – O ofício de marisqueira

Uma das indústrias mais produtivas e lucrativas de Caravelas foi durante muito tempo a pesca, principalmente do surubim, da garoupa, do cação e é claro, da baleia, da qual se consumia a carne e também se extraía o óleo que era utilizado como combustível para iluminação das casas e ruas, como lubrificante, na confecção da argamassa para assentamento de tijolos e blocos, na fabricação de sabão e até mesmo margarina. Hoje, mesmo com a crescente pressão sobre os recursos naturais, a degradação ambiental e o pouco apoio dos governos, que fazem com que a renda dos pescadores artesanais diminua a cada ano, a pesca artesanal ainda representa mais de 50% da produção de produtos da pesca no Brasil.





Em algumas regiões como no Nordeste, a importância dessa atividade é enorme, tanto em número de pessoas empregadas quanto na contribuição para a segurança alimentar, pois a pesca e a mariscagem garantem às populações locais uma fonte de proteína mais segura que as regiões rurais, muitas vezes castigadas pela seca e pela desertificação. A falta de emprego nessas áreas atrai um número cada vez maior de pessoas para atividades extrativas e pesqueiras, aumentando ainda mais os conflitos e causando uma diminuição de renda ainda maior. Entre os grupos sociais mais afetados estão as mulheres, que vivem, na maioria dos casos, do extrativismo e beneficiamento de moluscos, garantia de um complemento para a renda familiar.


Aqui na Barra algumas centenas de marisqueiras trabalham diariamente na limpeza de camarões, siris e outras espécies, ofício realizado de modo artesanal e com baixa remuneração, mas essencial para a comercialização destes produtos pelos frigoríficos locais. A maioria delas aprendeu ainda criança o ofício de marisqueira e o consideram essencial para o complemento da renda familiar e melhoria da qualidade de vida de suas famílias. Joelma, de 29 anos, revela gostar muito do que faz, pois o dinheiro que entra é utilizado no dia a dia para as pequenas emergências e necessidades dos filhos. Em média, cada marisqueira consegue filetar de 12 a 20 quilos de camarão por dia, recebendo R$ 1,20 por quilo.



Quando questionadas sobre o trabalho, uma questão que chama atenção é a incerteza da renda e necessidade de criação de outras alternativas, pois na entressafra, em função do período das chuvas, ou no período do defeso, o trabalho diminui muito. Além das dificuldades e problemas, um ponto que chamou muito a nossa atenção foi o aspecto social do trabalho, que, além de ser predominantemente feminino, é desenvolvido de forma coletiva, permitindo momentos de conversa e troca de experiências entre as mulheres. Ao redor da mesa os vínculos afetivos se fortalecem e valiosas lições surgem do fato de estarem todas buscando fazer o melhor, mesmo nas circunstâncias mais difíceis da vida.



FONTE: Texto de Adriene Coelho, publicado pelo Jornal O Samburá, Edição 24, de Fevereiro/Março de 2011.

domingo, 24 de abril de 2011

Feliz Pascoa!!!!!

Páscoa é ajudar mais gente a ser gente, é viver em constante libertação, é crer na vida que vence a morte. Páscoa é renascimento, é recomeço, é uma nova chance pra gente melhorar as coisas que não gostamos em nós. Para sermos mais felizes por conhecermos a nós mesmos mais um pouquinho e vermos que hoje somos melhores do que fomos ontem. Quero uma verdadeira Páscoa, pois com ela temos vida plena. A justiça social prevalece; a impunidade deixa de existir; o idoso não padece na fila do INSS; a criança não vai para a rua; o negro não é discriminado e o índio tem de volta suas terras; Os pequenos agricultores(as) possam ter uma vida digna... Quero uma Páscoa, para o salário ser bem mais real; a corrupção ser investigada e eliminada. Assim o pobre não precisará ser nenhum artista para ter direito a moradia, escola e o pão de cada dia... Quero uma Páscoa onde nossos Rios não sejam agredidos pelos grandes projetos de morte; “ “Ainda quando nos chamem de loucos, ainda quando nos chamem de subversivos, comunistas e todos os adjetivos que se dirigem a nós, sabemos que não fazemos nada mais do que anunciar o testemunho subversivo das bem-aventuranças, que proclamam bem-aventurados os pobres, os sedentos de justiça, os que sofrem.”

FONTE: Texto de D. Oscar Romero, escrito em 1977, enviado por Pe. João Carlos, da CPT BR 163.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Movimento Arte Manha

O que acontece quando os artistas se reúnem e tornam-se "os comunitários"? Quando o seres criativos remexem o caldeirão das raízes e percebem que vale a pena acender as luzes, fazer o tambor, fazer barulho com as cores, se olhar no espelho e se admirar ?

Surgem grupos, movimentos vivos, pontos de cultura que pouco a pouco tentam resgatar os talentos, tradições de nosso maravilhoso património imaterial.
Na pequena cidade de Caravelas, no extremo sul da Bahia, temos assistido um trabalho que serve de exemplo para uma nova política cultural. Uma nova ordem marcada pela autenticidade, uma cultura que só se realiza com autonomia, resgatando o direito de se manifestar pelas próprias crenças, valores e senso político.
O Arte Manha apostou nisso em 25 anos de atividades que se confunde com militância pelo resgate e valorização das tradições afroindígenas. Tem mostrado que através da arte e da comunicação é possível se fazer visível, sem disfarces, e participar da construção uma política cultural democratizada, é possível produzir cultura, e reaparelhar uma industria cultural solidária e participativa.
Tudo começou com a inquietação e o talento de uma família de artistas natos: os irmãos Dó, Dedé, Jaco Galdino, Preto, Luciana, Cristiane Santana e Dadá. Desenho, música, dança, articulação do pensamento, resistência, política comunitária, produtos culturais, comunicação, assim foi se pautando o movimento da cultura como prioridade, o exercício da autonomia comunitária, e a valorização da ecologia e da cidadania.
Uma produção cultural apoiada na diversificação de atividades e no apuro técnico encontrou caminhos para a produção cultural, revelou talentos em diversas áreas, e, sobretudo, recriou a militância cultural no extremo sul da Bahia. E é assim que esse movimento de dentro para fora tem reforçado o novo paradigma cultural, o paradigma dos comunitários.
Em 2002, o Arte Manha foi reconhecido como Ponto de Cultura, e passo a passo vem abrindo caminho para sua produção cultural, articulando com o governo, realizando parcerias e buscando apoio para implantar sua própria industria cultural. Já possuem uma sede com diversas atividades regulares e estão construindo instalações para o Cine Clube Caravelas e uma industria comunitária de Ecodesigner.
É preciso destacar que os trabalhos do Arte Manha quebram o tabú de que o que é artesanal, rústico, feito pelos comunitários, não tem o mesmo nível técnico dos trabalhos dos profissionais formados nas academias tradicionais. Vemos que os comunitários estão redescobrindo o fazer bem feito, o fazer melhor, buscando qualidade e se valendo da técnica. Os comunitários não se fecham, aldeias e terreiros abrem as portas para o mundo, eles querem se apresentar, se comunicar, querem aprender e estão prontos para ensinar.
O mais importante é que essa arte está a serviço dela própria, da comunidade, dos marginalizados, dos esquecidos, dos mais pobres, dos menores, dos descendentes da escravidão, dos que foram historicamente excluídos. Uma arte humana, expressão, manifestção e vozes da reconstrução da identidade brasileira.

São muitos os trabalhos do grupo, seja no Grupo Umbandaum, nos estudos de antropologia cultural, nas atividades do Ateliê Astucia, no toque ecoartesanal das peças, no Jornal Timoneiro, nos filmes e documentários, nas exibições do Cine Clube Caravelas, ou nas encubadoras de industrias culturais como o Eco Designe.

Precisamos destacar que o movimento acertou em investir em comunicação, através do jornal O Timoneiro, uma experiência de comunicação coletiva, e através do produção de filmes. Segundo Jaco Galdino, o Arte Manha já foi muito marginalizado, mas hoje se consolidou como um espaço permanente de manisfestação da arte, cultura e comunicação popular.
O Arte Manha é um movimento nativo que deve ser respeitado, imitado e replicado, tranformando os inúmeros recantos dessa Bahia e país imensos, em seleiros de criação, revelação de talentos, e reafirmação da diversidade cultural na identidade brasileira.




FONTE: Disponível no Blog Acorda meu Povo. Para ler a matéria completa clique aqui.

domingo, 17 de abril de 2011

Artigo divulgado no Boletim Interno do ICMBIO sobre o aniversário do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, leia:

Primeiro parque nacional marinho do Brasil completa 28 anos


Beleza exuberante - Foto de Marcello Lorenço
No dia 6 de abril, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, a primeira UC dessa categoria no Brasil, completou 28 anos de criação. Seu nascimento, em 1983, representou um marco para a conservação marinha no país. Desde então, os 88.250 hectares da unidade ajudam a proteger a região com a maior biodiversidade marinha no Atlântico Sul. Durante este mês o Parque comemora seu aniversário com várias atividades, que se integram às do aniversário da cidade baiana de Caravelas e aos eventos realizados pela Marinha do Brasil pelo aniversário de 150 anos do Farol de Abrolhos.

Desde o início da semana mostras de vídeo estão sendo realizadas em Porto Seguro, Arraial D´Ajuda, Trancoso, Prado, Alcobaça, Caravelas e Nova Viçosa. Entre os vídeos estão o institucional do Parque, sobre as áreas marinhas protegidas da região e campanhas do Ministério do Meio Ambiente, além de produções do Cineclube Caravelas como Não Mangue de Mim e Mokussuy. Na semana que vem acontece uma oficina de grafite para pintura do Centro de Visitantes em parceria com o Movimento Cultural Arte Manha.

No dia 22 o Parque realiza uma Limpeza de Praias nas ilhas do arquipélago em conjunto
com a Marinha do Brasil e as operadoras de turismo de Abrolhos.

Na semana seguinte acontece uma oficina de planejamento da gestão da unidade em conjunto com as instituições parceiras e um forró no restaurante O Pesqueiro, empreendimento comunitário da Associação dos Pescadores de Caravelas - Apesca.
A programação se encerra no dia 30 com a noite em homenagem aos Povos do Mar, reconhecendo pessoas exemplares quanto à conduta na conservação da região dos Abrolhos, com entrega de certificados e o lançamento do CD Cantos e Encantos do Mar, produzido pelo grupo cultural Umbandaum com apoio da Associação de Estudos Costeiros e Marinhos - Ecomar.

Relevância Ecológica e Econômica
O arquipélago de Abrolhos causou curiosidade a Charles Darwin, que o visitou em 1832. Além de resguardar porção significativa do maior banco de corais e da maior biodiversidade
marinha do Atlântico Sul, o Parque dos Abrolhos protege algumas das principais áreas de reprodução das baleias-jubarte, que migram para o banco para ter seus filhotes.

É também a única região do planeta onde é possível encontrar o coral Mussismilia  braziliensis, conhecido por coral-cérebro por seu aspecto peculiar. Espécies de tartarugas-marinhas ameaçadas de extinção como as tartarugas de couro, cabeçuda, verde e de pente também se refugiam no Parque, além de aves como a grazina e os atobás. Em um levantamento da biodiversidade do Banco dos Abrolhos, publicado em 2006 pela ONG Conservação Internacional, foram registradas aproximadamente 1.300 espécies na região, 45 delas consideradas ameaçadas, segundo listas da IUCN e do Ibama. Muitas dessas espécies
ocorrem na área do Parque.

Segundo estimativas baseadas em monitoramento de desembarque pesqueiro, a pesca nas regiões vizinhas ao Parque movimenta mais de R$ 100 milhões por ano, o que representa 10% da receita da atividade no Brasil. Por se tratar de um local seguro para a procriação de inúmeras espécies, a UC assegura a presença delas também fora dos seus limites, contribuindo para manter ativa a pesca, meio de subsistência para cerca de 20 mil pessoas na região.

O turismo é outra expressão da importância econômica do Parque, que recebe cerca de cinco mil visitantes todo ano. Outras oito mil pessoas dos municípios do entorno visitam anualmente o Centro de Visitantes em Caravelas. O fluxo turístico gerado pelo Parque garante centenas de empregos em hotéis, pousadas, restaurantes e demais atividades ligadas ao setor. Segundo dados do Prodetur, o turismo representa 20% do PIB dos municípios da Costa das Baleias, zona turística correspondente ao litoral do extremo sul da Bahia. Em 2000, a atividade gerou uma receita de R$ 65,3 milhões para os municípios da região, com uma renda estimada de R$ 10 milhões para a população residente.

Pesquisas da Bahiatursa apontam que mais de 90% dos turistas que visitam a Costa das Baleias têm como motivação principal os atrativos naturais. As águas claras de temperatura
amena, naufrágios e a rica fauna marinha fazem do Parque dos Abrolhos a atração mais importante da região e um dos melhores pontos de mergulho no mundo.
Centro de Visitantes - Foto do Arquivo ICMBio


















Link para ler o ICMBIO Em Foco completo, aqui.

FONTE: Do Boletim Interno do ICMBio, nº 141 - Ano IV- Brasília, 15/04/2011.